Covid-19: não há sinais de crescimento da variante BA.2 no Brasil

Pesquisa mostrou que a positividade de testes da doença caiu de 67,6% para 51,4% entre os dias 22 de janeiro e 12 de fevereiro

Covid-19: não há sinais de crescimento da variante BA.2 no Brasil
Foto: Viktor Forgacs / Unsplash
Covid-19: não há sinais de crescimento da variante BA.2 no Brasil

Um levantamento feito pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) mostrou que ainda não há sinais de crescimento da subvariante BA.2, da Ômicron, no Brasil. Na última semana analisada (6 a 12 de fevereiro), 98,9% dos casos positivos apontam para a sublinhagem BA.1.

A BA.2, sublinhagem que causou uma recente alta de casos de Covid-19 na Europa e nos Estados Unidos, já foi detectada no Brasil. Dados da plataforma internacional Gisaid mostram oito casos identificados no país, cujas amostras foram coletadas em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em comunicado, o ITpS afirma que "é preciso monitorar o número de novos casos nas próximas semanas para verificar o seu comportamento".

Queda na positividade

A pesquisa, feita em parceria com os laboratórios privados Dasa, DB Molecular e CDL, também mostrou que a positividade de testes para Covid-19 caiu de 67,6% para 51,4% entre os dias 22 de janeiro e 12 de fevereiro. Apesar da queda, a taxa de resultados positivos ainda está elevada: no início de dezembro era abaixo de 2%.

O resultado vai ao encontro dos dados do consórcio de veículos de imprensa, que mostram redução da média móvel de novos diagnósticos da doença no Brasil, nos últimos seis dias.

O ITpS monitora a Ômicron desde a sua chegada ao Brasil. Em cinco semanas, contadas a partir de meados de dezembro, a BA.1 avançou pelo país, se sobrepondo à Delta, variante que predominava no território brasileiro.

Entre 5 de dezembro de 2021 e 12 de fevereiro de 2022, os três laboratórios parceiros realizaram 105.985 testes de Covid-19, em 604 municípios de 26 unidades da Federação.

O instituto ressalta que os surtos da variante Ômicron não ocorrem em sincronia em todo o território brasileiro, portanto, alguns estados e municípios podem hoje observar uma queda no número de casos enquanto outros enfrentam aumento.