Pfizer: vacina para as novas variantes deve ficar pronta em setembro

Farmacêutica planeja versão contra todas as mutações conhecidas até hoje para unificar proteção em um único imunizante

Vacina da Pfizer para as novas variantes pode ficar pronta até setembro
Foto: Myke Sena/ MS
Vacina da Pfizer para as novas variantes pode ficar pronta até setembro

O presidente da farmacêutica Pfizer, Albert Bourla – responsável por uma das vacinas contra a Covid-19 mais aplicadas no mundo – disse nesta quarta-feira que uma nova versão do imunizante contra todas as variantes descobertas até agora pode ser desenvolvida até setembro. A declaração foi dada em uma coletiva de imprensa realizada pela Federação Internacional de Fabricantes e Associações Farmacêuticas.

— Espero que até o outono (do Hemisfério Norte) - mas não é uma certeza - possamos ter uma vacina contra tudo o que se sabe no momento — afirmou Bourla durante entrevista.

No momento, a farmacêutica realiza estudos para descobrir qual é a melhor fórmula. A ideia é que um único imunizante seja destinado para todas as variantes conhecidas, oferecendo uma proteção mais ampla, em vez de produzir apenas uma nova versão destinada para a Ômicron.

— É fácil fazer algo apenas contra a Ômicron. O que é cientificamente e tecnicamente mais desafiador é ser eficaz contra tudo o que se conhece até agora, para que você não tenha duas vacinas diferentes para variantes diferentes — disse o presidente da Pfizer, e acrescenta: — Assim que soubermos qual é o melhor caminho a seguir, solicitaremos a aprovação.

Desenvolvida juntamente à empresa alemã BioNTech, a vacina da Pfizer foi uma das primeiras contra a Covid-19 a ganhar a aprovação por uma agência de saúde. O imunizante foi aplicado pela primeira vez no Reino Unido, no final de 2020, menos de um ano após a doença ter sido detectada pela primeira vez na China.

A tecnologia utilizada é a de RNA mensageiro – assim como à da Moderna – e, embora tenha sua eficácia reduzida contra a variante Ômicron, continua a oferecer uma alta proteção contra sintomas graves, internações e morte.

No Brasil, a vacina recebeu o registro definitivo pela Anvisa em fevereiro de 2021. No final do ano, a agência deu o aval para aplicação da versão pediátrica do imunizante em crianças de 5 a 11 anos.