Covid: Casos aumentam em Xangai e mais cidades reforçam restrições

Xian pede que moradores evitem viagens desnecessárias para fora de seus complexos residenciais e incentiva trabalho remoto

Covid: Casos aumentam em Xangai e mais cidades reforçam restrições
Foto: Reprodução Youtube 13/04/2022
Covid: Casos aumentam em Xangai e mais cidades reforçam restrições

cidade de Xangai relatou um número recorde de casos sintomáticos de Covid-19 neste sábado e outras áreas da China reforçaram restrições para tentar controlar a pandemia. A Zona Econômica do Aeroporto de Zhengzhou, no centro do país, onde fica a fábrica da Apple, anunciou um bloqueio de 14 dias na sexta-feira “a ser ajustado de acordo com a situação epidêmica”.

No noroeste da China, o governo da cidade de Xian pediu que moradores evitem viagens desnecessárias para fora de seus complexos residenciais e incentivou as empresas a adotarem novamente o trabalho remoto ou instalar funcionários dormindo em seus locais de trabalho. Vários locais de entretenimento e cultura foram fechados temporariamente.

Respondendo às preocupações dos moradores sobre uma possível escassez de alimentos, um funcionário do governo de Xian disse neste sábado que a “cidade não está bloqueada”.

Já Xangai registrou na sexta-feira um recorde de 3.590 casos sintomáticos, além de 19.923 assintomáticos. A cidade,  onde quase toda a população está confinada desde o início de abril, segue a estrita política de Covid Zero, que visa eliminar totalmente a circulação do vírus. Neste sábado, um artigo no jornal oficial Diário do Povo, do Partido Comunista, defendeu que a abordagem era a “melhor escolha neste estágio com base na atual situação epidêmica da China”.

As restrições, no entanto, levaram o cônsul geral do Japão em Xangai a pedir ao governo local que abordasse as preocupações das empresas japonesas. Em uma carta publicada no site do consulado no sábado, e destinada ao vice-prefeito, o cônsul-geral Shuichi Akamatsu “reconheceu os esforços da cidade para conter a propagação do coronavírus” mas alertou que  “o impacto nos negócios está claramente se tornando mais grave a cada dia”.

Suzhou, perto de Xangai, registrou  mais de 500 infecções nas últimas horas, e governo local pediu que as empresas adotem o trabalho remoto, evitando a entrada desnecessária de pessoas e veículos em complexos residenciais e empresariais.

O crescimento na segunda maior economia do mundo desacelerou no segundo trimestre de 2021 devido a problemas no mercado imobiliário e controles regulatórios em determinados setores, o que levou as autoridades a estabelecer um aumento de 5,5% no Produto Interno Bruto para 2022, a menor meta em décadas .

Analistas dizem que amplas interrupções na cadeia de suprimentos provavelmente levarão a atrasos nas remessas e e possibilidade de uma interrupção completa da produção se o confinamento de Xangai continuar. 

O primeiro-ministro Li Keqiang disse esta semana que o Estado intervirá para ajudar os setores afetados pela pandemia com medidas como o corte das taxas de reserva obrigatória para os bancos.

Na zona econômica de Zhengzhou, apenas funcionários com passaporte sanitário e testes negativos deixar a zona durante o período de duas semanas, embora “veículos especiais” possam viajar normalmente por razões de trabalho, de acordo com autoridades locais. 

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