Varíola dos macacos: as 5 principais dúvidas sobre a doença

Com mais de 35 mil casos espalhados pela primeira vez pelos continentes, algumas características da doença ainda não foram totalmente decifradas pela ciência →

É um vírus novo?

A varíola dos macacos já era uma doença conhecida há décadas vários países africanos. A novidade é que agora ela se espalhou para outros continentes, elevando de forma exponencial o número de casos, que hoje supera os 35 mil. Também foram registradas as primeiras mortes pela doença em regiões não endêmicas, a primeira delas tendo sido no Brasil, em Minas Gerais.

Redação São Carlos Agora

A nova varíola é sexualmente transmissível?

Os pesquisadores hesitam em classificar a varíola dos macacos como uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), entretanto, grande parte dos contágios atuais foram ligados às relações sexuais. A comunidade médica atesta que a transmissão da doença ocorre por contato direto pessoa a pessoa e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias.

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Transmissão para os animais é um risco?

Originalmente, a varíola dos macacos foi identificada como uma doença transmitida principalmente aos seres humanos por meio de animais, especialmente roedores. Embora tenha recebido esse nome pelo vírus ter sido isolado pela primeira vez numa espécie de primata, os macacos não são conhecidos por carregarem a doença.

Reprodução/NIAD 13.08.2022

Pessoas sem sintomas transmitem?

Ainda não se sabe até que ponto pessoas contaminadas com o vírus, mas sem sintomas, podem transmitir a doença. Um estudo realizado na França, e publicado na revista Annals of Internal Medicine, registrou uma infecção em alguns pacientes assintomáticos, mas sem determinar se eram transmissíveis.

Reprodução/Twitter

As vacinas disponíveis são eficazes?

Diversos países iniciaram campanhas de vacinação, mas as vacinas utilizadas não foram desenvolvidas especificamente para combater a varíola dos macacos. Portanto, seu nível de eficácia permanece incerto, embora não reste dúvidas de que fornece certo nível de proteção. A OMS estima que os imunizantes disponíveis tenham cerca de 85% de eficácia para o vírus monkeypox.

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