A melatonina, conhecida como o hormônio do sono, é produzida de forma natural pelo corpo e influencia diretamente no funcionamento do metabolismo. É conhecida por ser um agente potente para a recuperação do sono e até mesmo de outros problemas de saúde, tamanha a sua importância para o bom funcionamento do organismo.
O hormônio só é produzido durante a noite e tem relação com os ritmos circadianos, nosso relógio biológico. Esses ritmos são responsáveis por regular todas as nossas atividades metabólicas — como o sono, fome, humor, e produção hormonal. Por isso, quando surge algum problema em uma dessas atividades, a reposição com melatonina sintética pode ser uma boa forma de regulação. Conheça alguns mitos e verdades sobre o hormônio do sono:
A produção da melatonina diminui com a idade . É verdade. A produção de melatonina nos indivíduos diminui ao longo dos anos, tanto por conta da própria idade quanto pela exposição constante a estímulos visuais.
A melatonina faz emagrecer . É mito. Como citado anteriormente, a melatonina pode até ajudar em tratamentos de obesidade, já que em muitos casos o ganho de peso está relacionado à má qualidade do sono. Mas o hormônio não funciona para todos os casos e não é utilizado de forma isolada, pois o que acontece é que ao estimular um sono de qualidade, a melatonina faz com que o corpo regule os hormônios relacionados à saciedade (a grelina e a leptina).
Ao utilizar a melatonina sintética, o organismo para de produzi-la. É mito. A produção da melatonina não tem relação com o nível do hormônio no sangue, por esse motivo não há possibilidade de uma “autorregulação”.
Melatonina pode ser usada por pessoas com deficiência visual. É verdade. Por não receberem estímulo luminoso, a produção natural do hormônio do sono em pessoas com deficiência visual pode ser prejudicada. Portanto, realizar a suplementação pode melhorar a qualidade do sono do paciente.
Quem não deve usar melatonina?
Em 2021 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a venda da melatonina como suplemento no Brasil, sem necessidade de apresentar receita médica. Desde então, têm sido discutidos os riscos e os benefícios dessa reposição.
A reposição do medicamento sintético é contraindicada para grávidas, lactantes, crianças e pessoas com até 19 anos de idade. Não é indicado também o uso sem orientação médica, pois apesar de ter sua eficácia comprovada, é um hormônio que atinge diversos sistemas e podem desencadear efeitos colaterais.
Lembre-se: o uso seguro, sem que haja prejuízos à saúde, só é possível se a suplementação for feita com a dose correta.