Estados Unidos aprovam vacina contra chikungunya

O medicamento é o primeiro a ser aprovado no país; a doença é transmitida por mosquito, podendo ser debilitante e mortal aos recém-nascidos

O Aedes aegypti é o responsável por transmitir a doença
Foto: Shutterstock/Divulgação
O Aedes aegypti é o responsável por transmitir a doença

A Food and Drug Administration (FDA), agência responsável pela liberação de medicações nos Estados Unidos, aprovou na última quinta-feira (9), a primeira vacina contra a doença causada pelo vírus chikungunya.

O fármaco de dose única é chamado de Ixchiq. Ele é fabricado pela farmacêutica Valneva Austria GmbH, e foi aprovado para a aplicação em adultos com risco aumentado de exposição ao vírus. Ela possui uma designação de terapia rápida e inovadora.

A chikungunya é uma doença que é transmitida por mosquito, sendo o principal o Aedes aegypti, conhecido no Brasil como o "mosquito da Dengue". A patologia não possui um tratamento específico, podendo ser debilitante e até fatal para os recém-nascidos. As mortes m decorrência da doença, entretanto, são raras, segundo informa a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ainda que a preponderância de casos estejam focados na África, no Sudeste Asiático e em partes das Américas, por conta da crise climática, o vírus acabou se espalhando para novas partes do mundo.

Até 2006, era raro a identificação do vírus em pessoas nos Estados Unidos, mesmo em viajantes, segundo informa os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. Entretanto, essa realidade mudou entre 2006 e 2013. 

Em 2014, foram registrados casos de transmissão local nas partes mais quentes do país, como Flórida, Texas, Porto Rico e Ilhas Virgens. 

Os sintomas de uma pessoa infectada pela chikungunya são de febre, dores nas articulações, cabeça e musculares, podendo também ter erupção na pele.

A vacina possui uma versão enfraquecida do vírus, o que pode causar alguns sintomas semelhantes ao de uma infecção. 

Na prescrição, entretanto, a FDA pede que seja colocado um comunicado aos prestadores de cuidados de saúde, exigindo que seja dito aos pacientes que ainda não se tem informações se o vírus pode ser transmitido de uma pessoa grávida para o feto, e se ele pode afetar a saúde do bebê em formação.

Nas orientações, eles pedem que sejam avaliados os riscos que o vírus podem causar ao paciente, mas também analisar a idade gestacional e os riscos ao feto ou recém-nascido.

Os efeitos colaterais da vacina identificados pelo estudo incluíam: dor de cabeça, dores musculares e articulares, febre, sensibilidade no local da injeção e cansaço. Cerca de 2% dos vacinados tiveram alguma "reação grave" com o imunizante, sendo necessária a intervenção médica. Os sintomas se assemelhavam aos de uma infecção normal de chikungunya.