Dengue: vacina não é resposta “imediata”, diz ministra da Saúde

Nísia Trindade afirmou nesta segunda (5) que, devido ao intervalo entre as doses, imunizante não pode ser visto como resposta imediata à crise sanitária

Ministra da Saúde, Nísia Trindade
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil - 25/10/2023
Ministra da Saúde, Nísia Trindade

A ministra da Saúde,  Nísia Trindade, afirmou nesta segunda-feira (5) que o imunizante contra a dengue, apesar de ser fundamental, não é uma "resposta imediata para epidemia".

A fala foi feita durante inauguração do primeiro polo municipal de atendimento a pacientes com dengue, em Curicica, no Rio de Janeiro. Segundo a ministra, devido ao  intervalo de três meses entre as doses, a vacina não pode ser uma resposta imediata no combate à dengue.

Nísia Trindade havia comentado, na última quarta-feira (31), que a "vacina é nosso instrumento de esperança em relação a um problema de saúde pública que tem quase 40 anos", mas que, "no quantitativo que o laboratório tem hoje para nos entregar e sendo uma vacina de duas doses, numa situação como a que vivemos hoje, não pode ser apontada como solução".

Mais de 11 mil casos de dengue foram registrados apenas em 2024 na cidade do Rio de Janeiro. O alto número representa a metade dos infectados durante todo o período de 2023. A Zona Oeste é a região que registra as maiores taxas de incidência da doença. 

Com a alta nos casos, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), decretou nesta segunda  estado de emergência em saúde pública.

A distribuição das doses de vacina contra a dengue está prevista para ter início nesta semana, com  512 municípios recebendo os imunizantes. De acordo com a pasta da Saúde, a escolha dos municípios foi feita pela alta transmissão da doença e incidência do sorotipo 2 do vírus. O governo estima vacinar cerca de 3,2 milhões de pessoas em 2024.