Mulher tem "lombriga de olho"e retira 4 vermes da pálpebra; conheça doença rara

A telaziose, “lombriga de olho”, é uma infecção comum em animais, mas rara em humanos

Telaziose, ou lombriga de olho, doença rara em humanos
Foto: WikiCommons
Telaziose, ou lombriga de olho, doença rara em humanos


Uma mulher chinesa de 41 anos descobriu algo surpreendente: quatro vermes brancos vivendo sob sua pálpebra do  olho direito durante meses.

A mulher percebeu um incômodo e foi ao médico em julho de 2022. Porém, os médicos imaginaram se tratar de uma irritação natural, e passaram apenas um colírio.

Mais de um mês depois, a mulher, ainda com muita dor, foi parar na emergência — e foi quando os médicos notaram os parasitas , ainda vivos, se mexendo no olho dela. 

Mini-operação 

Ela precisou ser anestesiada e os médicos usaram uma pinça para “pescar” os vermes, um a um. 

Eles foram enviados para análise em laboratório, e deduziu-se tratar de vermes da espécie Thelazia callipaeda , considerados principais responsáveis pela “lombriga de olho”, ou doença telaziose. 

Os vermes são brancos e tem corpos finos e longos, cobertos por marcas que parecem pequenos cortes. Em uma ponta, tem uma espécie de boca.

Depois da extração, o tratamento é simples: uma pomada ocular antibiótica para evitar infecções. Em dois meses, ela se recuperou totalmente.


Vermes rurais

A verminose é relativamente comum, mas costuma aparecer mais em animais, principalmente em gado e gatos. Mas não é o primeiro registro em pessoas. 

Os médicos ficaram intrigados de como a mulher adquiriu a verminose, porque ela mora em uma cidade e trabalha em escritório. Ela não frequenta o mato, onde os casos podem ser mais comuns. 

A maior probabilidade é que a mulher tenha contraído do próprio gato, que também tem uma doença ocular . Ela, porém, não deixou o gato ser examinado.

Lombriga de olho

A telaziose, ou “lombriga de olho”, é uma infecção de vários tipos de vermes. Ela ocorre em todos os continentes, mas é rara na América do Sul.

Os vermes entram no olho por meio de moscas que se alimentam de secreções lacrimais. O parasita entra no corpo já adulto, enquanto a mosca se alimenta, e depois crescem.

Os sintomas mais comuns são: lacrimejamento, secreção ocular, epífora, conjuntivite, ceratite e, às vezes, opacidade ou úlceras da córnea.