Caso estudos progridem, cafeína pode ser chave contra o alcoolismo
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Caso estudos progridem, cafeína pode ser chave contra o alcoolismo


Um novo estudo pode ajudar a comprovar uma velha crença: café pode ajudar a melhorar uma bebedeira que passou do limite .

Uma descoberta de um grupo de cientistas italianos e estadunidenses mostrou, em pesquisa, que o consumo de café pode ajudar na liberação de dopamina estimulada pelo álcool. Assim, a bebida estimulante pode ajudar a neutralizar os efeitos e, até, o vício no álcool.

O principal objetivo do estudo publicado na Tranlational Psychuatry, revista cinética, é utilizar, em mercado farmacêutico, um tratamento para a dependência química do álcool e, potencialmente, de outras substâncias.

Café bloqueia efeito de álcool?

Os cientistas usaram ratos de laboratório para descobrir como o café pode influenciar efeitos do álcool. Eles descobriram, assim, como a cafeína interfere na metabolização da dopamina mesolímbica. Este funciona como a dopamina, neurotransmissor ligado à sensação de prazer.

O efeito do café, então, é o bloqueio da conversão do álcool em salsalinol, substância química que desencadeia a liberação de dopamina. Em suma, reduz o “prazer” que o álcool libera e diminui a vontade de beber mais.

O café, então, poderia ser uma grande chave contra o vício pelo efeito bloqueador que tem. Os cientistas acreditam que ele pode, no futuro, ser utilizado para tratamentos contra o vício.


A cafeína ainda, de acordo com os estudos, interfere diretamente em como o cérebro identifica e responde ao salsolinol do álcool outra substância importantissima: morfina.

As duas ativam a recepção do cérebro no “ receptor μ” - e este pode ser o alvo de tratamentos. Riccardo Maccioni, neurocientista que trabalha no estudo, explicou no LinkedIn como isso é encorajador, porque pode ajudar a aprovar um medicamento para tratamento de alcoolismo.

Ainda há mais testes para serem realizados e em uma diversidade maior de animais, além dos ratos machos utilizados. O plano é, então, entender como a cafeína apresenta-se a pessoas mais semelhantes ao corpo humano.

** Jornalista pelo Mackenzie e cientista social pela USP, trabalha com redação virtual desde 2015 e teve passagem em grandes redações do Brasil. Curte cultura, política e sociologia.

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