
A busca por uma pele firme, livre da flacidez decorrente da queda progressiva da produção de colágeno e elastina, tem motivado o setor de estética a investir cada vez mais em novas tecnologias.
Para enfrentar esse processo natural, que começa já a partir dos 30 anos, a estética vem se aliando à medicina regenerativa e ampliando seu arsenal com tecnologias, que vão além dos preenchimentos tradicionais e são capazes de estimular o corpo a se renovar.
Um desses tratamentos mais recentes de combate à flacidez une a biorremodelação e a radiofrequência monopolar de alta potência.
"É uma técnica que pode ser utilizada em diferentes regiões do corpo, como rosto, pescoço, braços, abdômen, joelhos e mãos, de forma minimamente invasiva", explica a dermatologista Mariana Gradowski ao iG , acrescentando que essas são as queixas mais frequentes no consultório, principalmente das pessoas com mais de 40 anos.
Segundo ela, o desafio é tratar a flacidez de forma eficaz sem recorrer a intervenções cirúrgicas.
A dermatologista aponta como o grande diferencial do protocolo o fato do resultado ser observado, mesmo sem a realização de dietas ou exercídios físicos, já que atua na regeneração profunda do tecido.

"Além da idade, fatores como o emagrecimento rápido, a exposição solar excessiva e falta de exercícios contribuem para a flacidez. O diferencial dessa técnica é que ela não depende da colaboração do paciente. O resultado vem com ou sem dieta, com ou sem treino ”, diz a médica.
Ela enfatiza que, mesmo entre pessoas ativas, o colágeno perdido dificilmente é recuperado sem intervenção médica.
Tecnologia aliada à estética
Mariana Gradowski ressalta a evolução do conceito de estética com o uso da tecnologia, não apenas para complementar, mas para potencializar os tratamentos existentes.
"Porque tanto a demanda dos pacientes quanto a proposta dos médicos se transformaram” , justifica.
Segundo a dermatologista, a medicina estética moderna vai muito além de suavizar rugas.
"O foco agora é estimular o próprio corpo a regenerar seus tecidos com inteligência e naturalidade” , ressalta.
Como funciona o novo método
Para o desenvolvimento do protocolo, é utilizado o biorremodelador Profhilo, associado à radiofrequência monopolar Volnewmer.
De acordo com Mariana Gradowski, essa tecnologia é a primeira radiofrequência capaz de atingir 67 °C nos tecidos internos de forma segura, promovendo retração da pele e ativação das fibras de colágeno e elastina .
Já o Profhilo atua como um alimento celular, criando um ambiente ideal para a regeneração da derme .
A técnica pode ser aplicada no rosto e em diversas outras áreas do corpo, como o pescoço, braços, abdômen, joelhos e mãos, mas cada área exige um protocolo individualizado.
"Nas mãos, priorizamos a hidratação profunda; no abdômen, focamos na sustentação da pele”
, exemplifica a dermatologista.
Já no pescoço, a técnica BAP é utilizada para injetar o Profhilo em pontos estratégicos, definidos com base na anatomia facial, para garantir melhor distribuição do produto e maior hidratação da pele.
Sessão única ou em etapas
Após 30 dias, realiza-se o tratamento com Volnewmer e, cerca de 20 minutos depois, uma nova aplicação de Profhilo.
Nas mãos, o produto é aplicado com cânula para distribuição uniforme, seguido de radiofrequência e nova aplicação após um mês.
No abdômen e nos braços, o protocolo segue a mesma lógica, com ajustes na ponteira da radiofrequência e na técnica de aplicação, conforme a área e o grau de flacidez.
Nos joelhos, região de difícil tratamento, o Profhilo é aplicado em pontos específicos e, após 30 dias, o Volnewmer entra em ação para melhorar a firmeza da pele.
"A aplicação pode ser feita em uma única sessão ou em etapas, de acordo com o perfil e as necessidades do paciente", explica Mariana.
Ainda segundo ela, pessoas com a pele mais desidratada devem receber o Profhilo 30 dias antes do Volnewmer. Já quem mantém uma rotina regular de cuidados com a pele pode realizar todo o protocolo no mesmo dia.
Os resultados são visíveis em poucas semanas, de acordo com a dermatologista, com sessões espaçadas; em média, uma a cada seis meses.
"O protocolo vem ganhando destaque por sua abordagem científica e eficaz. Estamos deixando de lado soluções que apenas preenchem para adotar estratégias que regeneram. O futuro da estética está na medicina regenerativa”, finaliza Mariana Gradowski.