Olha, amigos, vou contar para vocês o que aconteceu essa semana e que tem tudo a ver com a nossa saúde. O prefeito de Guarujá, Farid Madi, decidiu publicar um vídeo nas redes sociais mostrando que estava mergulhando e até tomando a água da Praia das Pitangueiras, lá no Guarujá. Ele fez isso no domingo, 12/01 mas, convenhamos, o gesto não foi exatamente a melhor maneira de lidar com a situação que a cidade está enfrentando. Sabe por quê? Porque estamos falando de águas contaminadas, e isso não é brincadeira!
A Baixada Santista está sendo atingida por uma onda de virose desde a virada do ano. Muitas pessoas estão com sintomas horríveis, como náuseas, vômitos e diarreia. E adivinhem só? O Guarujá, junto com outras cidades do litoral paulista, tem sido um dos lugares mais afetados. Ou seja, a água que o prefeito “tomou” pode muito bem estar cheia de micróbios que causam essas doenças!
Agora, vamos entender um pouquinho mais sobre como essas águas podem ficar contaminadas. E acreditem, isso é mais comum do que parece:
1. Esgoto a céu aberto: Uma das principais causas de contaminação das águas do mar é o lançamento inadequado de esgoto doméstico e industrial. Em muitas cidades do litoral, o esgoto não é tratado corretamente e acaba sendo despejado diretamente nas praias. Isso coloca em risco a saúde de quem entra no mar ou até mesmo bebe essa água, como fez o prefeito. É uma verdadeira festa para as bactérias e vírus!
2. Poluição das embarcações: Outra grande fonte de contaminação é o lixo deixado pelas embarcações, como resíduos de óleo, produtos químicos e até esgoto lançado diretamente no mar. Imagine o tanto de microrganismos nocivos que isso pode carregar.
3. Resíduos sólidos: Não podemos esquecer da quantidade absurda de lixo que é jogado nas praias. Esse lixo pode se decompor na água e liberar substâncias tóxicas, favorecendo o crescimento de bactérias que causam doenças.
4. Chuva forte e drenagem inadequada: Quando chove muito, o esgoto e o lixo que estão nas ruas acabam sendo levados para o mar. Isso aumenta ainda mais a carga de poluentes na água. E quem acaba sofrendo com isso? Quem entra no mar e, principalmente, quem consome a água.
5. Falta de fiscalização e de saneamento: E, claro, a falta de fiscalização e de investimentos em saneamento básico agrava ainda mais a situação. Não adianta fazer campanhas de conscientização se, no fundo, o sistema de tratamento de esgoto e de controle de resíduos ainda deixa muito a desejar.
Por isso, quando o prefeito decide tomar a água do mar, não só está se expondo a riscos, mas também minimiza um problema sério de saúde pública. A água do mar contaminada pode carregar bactérias como Escherichia coli, Vibrio cholerae (causador da cólera), vírus da hepatite A e parasitas que provocam doenças intestinais, como a giardíase. Isso sem contar os problemas respiratórios e dermatológicos que também podem surgir do contato com água poluída.
Portanto, a lição é clara: não podemos banalizar a questão da contaminação das águas, especialmente em um momento crítico como o que o Guarujá está vivendo. Em vez de dar exemplo de “despreocupação”, o prefeito deveria usar sua visibilidade para reforçar a necessidade urgente de investimentos em saneamento, fiscalização rigorosa e ações concretas para limpar as águas e proteger a saúde da população.
Se não fizermos isso, mais pessoas vão cair na onda das viroses e, no fim, o mar vai ser mais uma armadilha do que um local de lazer. Fica a dica, pessoal: água do mar não se bebe – especialmente quando ela está contaminada!