Roberta Nuñez

Como a saúde do empresário impacta a longevidade do negócio

Robson Gimenes reforça que o bem-estar do líder é decisivo para a produtividade e a longevidade de qualquer empresa

Robson Gimenes
Foto: Thamyres Reginaldo
Robson Gimenes

O ritmo acelerado do empreendedorismo costuma carregar jornadas longas, noites mal dormidas, refeições irregulares e um nível de estresse que se acumula silenciosamente. Em meio à urgência por crescimento e resultados, muitos líderes colocam a empresa em primeiro lugar e deixam o próprio corpo por último na lista de prioridades. O problema é que essa conta sempre chega.

Dados recentes do IBGE mostram que a expectativa de vida média no Brasil alcançou 76,6 anos, o maior número já registrado no país. No entanto, a diferença entre homens e mulheres permanece significativa: enquanto elas vivem em média 79,9 anos, eles chegam apenas a 73,3 anos — uma diferença de 6,6 anos a menos. Segundo especialistas, grande parte dessa disparidade está ligada a hábitos de vida, prevenção insuficiente e resistência masculina a procurar atendimento médico.

Para quem lidera um negócio, esses números acendem um alerta importante: não existe empresa forte com um líder fragilizado.

Quando o líder adoece, o negócio também sente

Empresários tendem a investir toda a energia no crescimento do negócio, mas poucos aplicam o mesmo empenho em sua saúde. E essa negligência cria uma cadeia de consequências que vai além do corpo: impacta diretamente a gestão, a tomada de decisões e a longevidade empresarial.

O esgotamento físico e emocional reduz foco, memória, capacidade de análise, criatividade e estabilidade emocional. Além disso, aumenta o risco de doenças cardiovasculares, burnout, transtornos de ansiedade e problemas metabólicos, condições que, segundo estudos de saúde ocupacional, têm crescido entre profissionais de alta carga de trabalho.

A verdade é simples, mas muitas vezes ignorada: a empresa só prospera se quem a lidera estiver saudável o suficiente para conduzi-la.

Robson Gimenes , CEO da Shield Bank, destaca que cuidar da própria saúde não é apenas uma escolha pessoal, é uma estratégia de gestão. Ele explica que nenhuma empresa se sustenta a longo prazo se seu líder não tiver energia, clareza mental e equilíbrio para tomar decisões consistentes.

Para isso, Robson mantém uma rotina estruturada que inclui atividade física regular, acompanhamento médico preventivo, sono adequado e pausas programadas ao longo da jornada de trabalho. Ele reforça que liderar exige presença física e emocional, e que negligenciar o corpo ou a mente compromete diretamente os resultados do negócio.

A filosofia do executivo reflete o posicionamento da própria instituição, que incentiva práticas de gestão sustentáveis e humanizadas. Para ele, saúde e liderança caminham juntas e devem ser tratadas com a mesma prioridade dos indicadores financeiros.

Dados comprovam: hábitos saudáveis aumentam desempenho e evitam riscos

O avanço da medicina mostra que investir em prevenção é o caminho mais eficaz para manter a longevidade e a produtividade. O IBGE revela que, desde 1940, a expectativa de vida no Brasil saltou de 45,5 anos para os atuais 76,6 anos, um aumento de mais de 31 anos. Mesmo assim, doenças preveníveis continuam entre as principais causas de morte entre homens adultos.

Para empresários, os especialistas recomendam algumas práticas simples, mas fundamentais:

-Fazer pausas ao longo da rotina.

-Priorizar o sono como parte da produtividade.

-Praticar atividades físicas regularmente.

-Manter exames e check-ups em dia.

-Estabelecer limites claros entre trabalho e vida pessoal.

Esses hábitos ajudam a manter o corpo preparado e a mente equilibrada, dois componentes essenciais para quem precisa tomar decisões diariamente, lidar com crises e sustentar a operação de uma empresa.

Longevidade empresarial começa pela longevidade pessoal

O empreendedorismo exige visão, estratégia e coragem, mas exige também saúde. Um corpo debilitado e uma mente exausta tornam qualquer negócio vulnerável. Por outro lado, líderes saudáveis tendem a ser mais assertivos, resilientes, inovadores e equilibrados.

Empresas fortes são lideradas por pessoas fortes.  Investir em autocuidado não é luxo e nem perda de tempo, é uma decisão inteligente, estratégica e necessária para quem deseja construir negócios duradouros e uma vida com mais qualidade.

* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal iG