Roberta Nuñez

Rejuvenescimento íntimo impulsiona crescimento na estética

Dra. Vivian Amaral analisa a alta procura por técnicas que melhoram função, conforto e autoestima, consolidando um novo mercado na saúde íntima

Dra. Vivian Amaral
Foto: Acervo pessoal
Dra. Vivian Amaral

A busca por tratamentos de rejuvenescimento íntimo feminino ganha força e se firma como um dos segmentos mais robustos da estética médica e do bem-estar. Antes associados apenas ao pós-parto ou a questões reparadoras, os procedimentos passaram a fazer parte da rotina de mulheres de diferentes idades que desejam não só aparência, mas também conforto, funcionalidade e qualidade de vida.

Um levantamento internacional estimou o mercado global em US$ 3,6 bilhões em 2023, com expectativa de chegar a US$ 14,34 bilhões até 2030, um avanço acelerado que reflete mudanças culturais, tecnológicas e comportamentais.

No Brasil, a dermatologista Dra. Vivian Amaral, referência na área e CEO da Dermato Vulvar Academy, observa esse crescimento de perto. Com duas décadas de experiência e atuação clínica e científica, ela destaca que a procura vem acompanhada de maior informação e amadurecimento da saúde íntima feminina.

Por que a demanda aumentou?

• Nova maturidade feminina:
Mulheres, especialmente após os 40 anos, têm buscado soluções para secura, dor na relação, laxidez, queda da lubrificação, disfunção sexual e até incontinência urinária, impactos naturais do envelhecimento, do parto e das oscilações hormonais.

• Tecnologias mais seguras e eficazes:
Lasers fracionados, radiofrequência e protocolos minimamente invasivos permitem estimulação de colágeno, melhora da mucosa e recuperação da lubrificação com resultados rápidos e pouca ou nenhuma necessidade de afastamento.

Segundo a Dra. Vivian, os avanços tornaram possível “restaurar função, conforto e autoestima com abordagem baseada em evidências”.

• Tabu em queda:
A conversa sobre saúde íntima amadureceu. Clínicas especializadas, capacitação médica e espaços educativos aproximaram o tema do público, integrando estética, bem-estar e saúde sexual.

Desafios ainda presentes

Apesar dos avanços, o segmento carece de maior padronização, estudos longitudinais e regulamentação clara em alguns países. No Brasil, a profissionalização da formação e a comunicação responsável são essenciais para garantir segurança e resultados consistentes.

Para a especialista, esse é o caminho da nova medicina: “O profissional que alia técnica, evidência científica e comunicação transparente estará mais preparado para atender uma mulher moderna, mais informada, exigente e orientada a resultados reais.”

* Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal iG