Em meio à "guerra da vacina", País volta a registrar mais de 30 mil casos em 24h

Média móvel de óbitos ficou abaixo de 500, com 491, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass)

Foto: Foto: Pixabay/Ilustrativa
Mais de 41 milhões pessoas foram infectadas em todo o mundo


Em meio à "guerra da vacina", protagonizada principalmente pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o Brasil voltou a registrar mais de 30 mil casos de Covid-19 em 24 horas. 

O País mantinha o número de novos casos abaixo de 30 mil desde o dia 7 de outubro. Já a média móvel de óbitos ficou abaixo de 500, com 491, de acordo com dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Nas últimas 24 horas, o Brasil contabilizou 33.862 novos infectados e o número de contaminações chegou aos 5.332.634 milhões. Já as mortes causadas pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) chegaram a 155.900. Desse total, 498 novos óbitos só de ontem para hoje.

A contagem de casos realizada pelas Secretarias Estaduais de Saúde inclui pessoas sintomáticas ou assintomáticas; ou seja, neste último caso são pessoas que foram ou estão infectadas, mas não apresentaram sintomas da doença.

O ranking de número de mortes segue liderado pelo estado de São Paulo, que tem 38.482 óbitos causados pela Covid-19. O Rio de Janeiro continua em segundo lugar, com 20.021 mortes, seguido por Ceará (9.243), Minas Gerais (8.621) e Pernambuco (8.527).

Os estados que registram maior número de casos são: São Paulo (1.076.939), Minas Gerais (343.159), Bahia (340.665), Rio de Janeiro (295.021) e o Ceará (268.274).

Desde o início de junho, o Conass divulga os números da  pandemia da Covid-19 por conta de uma confusão com os dados do Ministério da Saúde. As informações dos secretários de saúde servem como base para a tabela oficial do governo, mas são publicadas cerca de uma hora antes.

Mais de 41 milhões pessoas foram infectadas em todo o mundo. Do total de doentes, mais de 1,1 milhão morreram, segundo a Universidade Johns Hopkins.

O Brasil segue como o terceiro país do mundo em número de casos de Covid-19 e o segundo em mortes, atrás apenas dos Estados Unidos.

Entenda

Na terça-feira (19), o Ministério da Saúde anunciou um investimento de R$ 2,6 bilhões para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac. Nas redes sociais, o governador João Doria comemorou a decisão e agradeceu ao Pazuello. 

Menos de 24 horas depois, o presidente Jair Bolsonaro desautorizou a decisão do ministro Eduardo Pazuello sobre a aquisição das doses.

Logo pela manhã, em suas redes sociais, o presidente já havia exposto sua insatisfação com a repercussão das negociações referentes ao acordo mediado pelo ministro Pazuello para compra da CoronaVac. Bolsonaro recebeu várias críticas de apoiadores e alguns se disseram "traídos".

Em resposta, disse que não compraria a "vacina chinesa de João Doria" e que o povo brasileiro não seria "cobaia".

Poucas horas depois, durante coletiva de imprensa, o secretário-executivo do ministério, Élcio Franco, negou qualquer acordo com o governo de São Paulo e disse que o que houve foi um "protocolo de intenção" assinado com o Instituto Butantan. Élcio reforçou que o governo não comprará vacinas vindas da China.

Doria reagiu e pediu grandeza em relação à polêmica envolvendo a vacina CoronaVac e disse que a "guerra" precisa ser contra o novo coronavírus. "Aproveito para pedir ao presidente que tenha grandeza e lidere o Brasil na saúde, na retomada de empregos... A nossa guerra é contra o vírus, não na política e não um contra o outro. Devemos vencer o vírus", postou.