Gabbardo cita recorde de mortes e sugere "lockdown nacional" a novo ministro

Em publicação, coordenador do Centro de Contingência para a Covid-19 em São Paulo lamentou que Queiroga tenha apoiado uso de cloroquina e descartado medidas rígidas de isolamento

Foto: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
João Gabbardo, coordenador do Centro de Contingência para a Covid-19 em SP

Coordenador do Centro de Contingência para a Covid-19 em São Paulo, João Gabbardo mandou um "recado" ao novo ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga , nesta terça-feira (16), ressaltando a importância de um "lockdown nacional" para frear a expansão da pandemia no Brasil.

"Novo ministro assume falando na possibilidade do uso de cloroquina e etc.., descarta lockdown. Hoje, 16/3, quando assumir vai se deparar com os piores números da pandemia. Recorde de óbitos hoje será em alta escala. Sugestão: não se posicione contra o lockdown nacional", afirmou Gabbardo , em publicação nas redes sociais.

A mensagem surge após a nomeação de Queiroga para a vaga de Eduardo Pazuello, que deixa o comando da pasta após inúmeras polêmicas envolvendo a compra e distribuição de vacinas, o uso e promoção de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19 e do tratamento precoce, entre outros.

Quarto ministro a assumir a pasta da Saúde, após passagens de Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e do próprio Pazuello, Queiroga tem agora a missão de  destravar a vacinação e "melhorar a imagem" do presidente Bolsonaro , que vê sua reputação se deteriorando nas últimas pesquisas.