País europeu oferecerá dinheiro para quem receber vacina contra a Covid-19

O país comprou milhões de doses de empresas da China e da Rússia, se tornando por um período um centro regional de vacinas, conseguindo até oferecer aos estrangeiros a chance de tomarem a dose contra o vírus

Foto: Foto: Olhar Digital
Vucic também expressou esperança de que a Sérvia tenha vacinado pelo menos 55% da população do país com uma dose até o final de maio

Nesta quarta-feira (5), o presidente de um país europeu disse que o governo pagaria a cada cidadão que receber a vacina contra a Covid-19 e ainda antes do final de maio. O lugar em questão é a Sérvia e esse poderia ser o primeiro esquema de troca de dinheiro por vacina do mundo.

O país comprou milhões de doses de empresas da China e da Rússia, se tornando por um período um centro regional de vacinas, conseguindo até oferecer aos estrangeiros a chance de tomarem a dose contra o vírus.

Porém, após injetar a vacina em cerca de 1,3 milhão de pessoas, a campanha começou a parar. "Todos aqueles que receberam a vacina até 31 de maio receberão 3.000 dinares (US$ 30 ou aproximadamente R$ 162)", informou o presidente Aleksandar Vucic à mídia local e também acrescentou que espera que três milhões sejam vacinados até o final do mês. O valor equivale a cerca de 5% do salário médio mensal do país.

Segundo o político, a Sérvia quer "recompensar as pessoas que mostraram responsabilidade". Entretanto, os funcionários públicos que não receberam a vacina não teriam licença remunerada caso contraíssem o vírus. Vucic acrescentou que é "irresponsável e egoísta" não ser vacinado, embora tenha descartado quaisquer restrições impostas.

Vucic também expressou esperança de que a Sérvia tenha vacinado pelo menos 55% da população do país com uma dose até o final de maio. Até agora, cerca de 22% dos 7 milhões de habitantes da Sérvia receberam duas doses.

Nesta quinta-feira (6), o país europeu pretende impulsionar ainda mais o lançamento do projeto oferecendo vacinas em shopping centers e recompensando os voluntários com vouchers.

"Não encontrei na literatura médica ninguém sendo pago para vacinar, portanto, podemos ser os primeiros não só na Europa, mas também no mundo", enfatizou o epidemiologista sérvio Zoran Radovanovic à AFP.

Ele também disse que estimular iniciativas de vacinação com dinheiro pode ser uma faca de dois gumes, por gerar desconfiança.

Fonte: Medical Xpress