'Muito drástico demitir porque não quis vacinar', defende ministro da Saúde

Marcelo Queiroga saiu em defesa da portaria publicada pelo governo federal para proibir empresas de demitirem funcionários que não se vacinem contra a Covid-19

Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado
Registro do ministro da Saúde no Senado


Ministro da Saúde, o médico Marcelo Queiroga defendeu a portaria que  proíbe a demissão de trabalhadores que decidam não se vacinar contra a Covid-19. O ato em questão foi publicado pelo Ministério do Trabalho e Previdência na segunda-feira (1º) e já se tornou alvo de judicialização - a Rede Sustentabilidade entrou com uma  ação contra a medida no Supremo Tribunal Federal (STF).


Com isso, a discussão deve se estender na Corte, já que o governo considera "muito drástico demitir pessoas porque elas não quiseram se vacinar", conforme disse Queiroga. Segundo o Poder360, a declaração do ministro foi dada nesta quinta (4), em entrevista a jornalistas.


"Queremos criar empregos. Essa portaria é no sentido de dissuadir demissões. A vacina as pessoas devem buscar livremente", acrescentou o ministro. O discurso se alinha ao do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que até hoje diz não ter se imunizado contra a Covid-19 e costuma questionar a eficácia das vacinas.



Na ocasião, Queiroga disse ainda que não pretende tomar a terceira dose em breve. Como profissional da saúde, ele já está autorizado a receber a dose de reforço. O ministro, no entanto, disse que prefere esperar, já que no momento ocupa um cargo político e não diretamente na linha de frente contra o coronavírus.