Queiroga: CoronaVac deve ser usada apenas na faixa de 5 a 18 anos

Ministro da Saúde argumenta que nos países desenvolvidos o imunizante não é utilizado nas duas primeiras doses

Marcelo Queiroga decretou, neste domingo (17), fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional
Foto: Governo de SP
Marcelo Queiroga decretou, neste domingo (17), fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga , afirmou nesta segunda-feira que a vacina CoronaVac deve ser usada apenas na faixa etária de 5 a 18 anos. Ele argumentou que em países desenvolvidos o imunizante não é usado em esquemas primários de vacinação, ou seja, nas duas primeiras doses.

Queiroga detalhou nesta segunda-feira os motivos para declarar o fim da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin), anunciado por ele no domingo. Neste contexto, o ministro falou sobre a autorização emergencial de vacinas e medicamentos. A regra atual condiciona a autorização emergencial à vigência da Espin. 

Na semana passada, o Ministério da Saúde pediu à Anvisa que prorrogue por um ano a partir da queda da emergência em saúde o prazo para que a autorização emergencial continue valendo.

“Mais de um ano após (a primeira aplicação) ainda não se conseguiu colecionar evidências científicas suficientes para que esse imunizante tivesse o registro definitivo. Com isso eu quero dizer que para o esquema vacinal primário em adultos esse imunizante, penso que é um consenso nos países que têm agências regulatórias do porte da Anvisa, que são os países mais desenvolvidos, não é utilizado”,   afirmou Queiroga sobre a CoronaVac.


“Ele pode ser usado no esquema vacinal primário aqui no Brasil na faixa etária compreendida entre 5 e 18 anos. Esse registro emergencial o Ministério da Saúde pleiteou à Anvisa que mantivesse o registro, claro que é uma decisão da agência regulatória. Se a Anvisa autorizar e atender ao pleito do ministério, essa vacina pode ser usada em crianças e adolescentes. Como dose de reforço, essa vacina também não tem evidências científicas.”

Embora o Ministério da Saúde oriente a vacinação nacionalmente, os estados têm prerrogativa para adotar suas próprias estratégias, como tem ocorrido com o estado de São Paulo ao longo da pandemia. 

A pasta pede, no entanto, que as diretrizes nacionais sejam seguidas para não causar atropelos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19.

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