Fragmentar plano de saúde e apostar na telemedicina são dicas para gastar menos

Planejar os gastos com a saúde da família demanda mudança cultural e readequação orçamentária.

Cuidar da saúde exige mais planejamento do que capacidade de improviso e viabilizar essa conscientização é uma das propostas da 1ª Semana da Saúde , promovida pelo portal iG , entre os dias 14 e 18 de junho. Não é algo tão fácil quanto pode parecer superficialmente e há diversos indicadores que demonstram isso.

Foto: pixabay/iG
iG promove a 1ª Semana da Saúde entre os dias 14 e 18 de junho

Segundo uma pesquisa divulgada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nessa semana, a judicialização do acesso à saúde tem aumentado a cada ano. A pesquisa intitulada  "Judicialização e Sociedade:ações para acesso à saúde pública de qualidade" aponta como principais motivos para esse quadro os gargalos no sistema de saúde como o desabastecimento de medicamentos e a falta de especialistas.

Durante a pandemia esse cenário ficou ainda mais imprevisível. Até meados de 2020, a adesão a planos de saúde tinha despencado. Um claro sintoma da paralisação economica e da hesitação ensejada pela Covid-19. No incício de 2021, no entanto, com a perspectiva de vacinação, uma maior compreensão dos protocolos de segurança e a retomada, ainda que tímida, da economia, a adesão aos planos de saúde voltou a crescer, mesmo com o reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

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De acordo com a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) os planos de saúde ganharam um milhão de clientes até maio. O que leva o setor a regisrar o melhor patamar em 5 anos. A que se deve essa oscilação? É claro que esses números estão diretamente vinculados ao desempenho da economia, mas a flexibilização dos planos pelas operadoras, permitindo que o cliente personalize seu plano e, com isso, o barateie, também responde por esse avanço em meio à pandemia.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a família brasileira gasta mais com saúde do que as de países ricos como EUA, França, Alemanha, Inglaterra e Suíça. Mas gasta melhor? 

"É preciso mudar um pouco a nossa cultura a respeito disso", observa o médico da família Filipe Loures. Ele credita à consolidação da telemedicina no País, um passo importante nesse sentido. "Primeiro porque vai dar agilidade ao atendimento médico, mas também porque democratiza esse atendimento". Em países como Canadá e EUA, a telemedicina está implementada há décadas.

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Com essa nova modalidade, é possível concentrar consultas médicas com diferentes especialidades em um produto muito mais ecônomico e moldar o plano de saúde para exames e internações. É um planejamento que compensa discutir com um corretor de seguros, porque dá mais autonomia ao cliente que dispõe de uma rede de saúde mais eficiente, acessível e personalizada, além de menos dispendiosa.

Pensar a saúde da família é pensar e adequação orççamentária e isso quer dizer explorar novos produtos e desingessar aquele modelo tradicional de plano de saúde com uma cobertura assistencial que muitas vezes está distante da real necessidade familiar.