Alimentos industrializados, açucarados e gordurosos fizeram com que Drika Rodrigues pulasse de 73 para 115 quilos; ela emagreceu 50 quilos com muita garra
Drika Rodrigues, de 35 anos, é mãe de um adolescente de 15 anos. Ela sempre teve um leve sobrepeso, mas nada que a incomodasse. Até 2005, pesava em torno de 73 quilos distribuídos em 1,66 de altura. A partir de 2006, no entanto, viu seu peso disparar: chegou aos 81 quilos. “É o primeiro nível de obesidade para minha altura”, conta ela.

Quando percebeu que estava bem acima do peso recomendado, bateu o desespero. “Sempre fui muito emotiva, chorava muito e decidia fazer uma dieta. Fiz todas. Costumo dizer que me tornei Ph.D. em dietas”, brinca ela. “Desde grupos de ajuda com reuniões caríssimas até dietas de revistas e livros. Fiz as famosas dieta da proteína, de South Beach, da sopa, entre outras. E, como não podia deixar de ser, sem orientação eu emagrecia quatro ou cinco quilos, mas depois ganhava o dobro. Fui indo assim até 2012”, conta.
Muitas vezes, ninguém mais acredita em você. Seja, então, o único a acreditar, seja o seu melhor amigo"
E 2012 foi o ano do susto: a engenheira chegou aos 115,8 quilos. “Quando parei para fazer as contas, vi que tinha engordado mais de 42 kg em cinco anos”.
Articulações sobrecarregadas
Ela, então, tomou a decisão de emagrecer depois de acordar e não conseguir ir trabalhar por causa de dores fortes nas pernas que a impediam de andar. “Fiquei dois dias de cama. Fui ao ortopedista, ele me receitou remédios fortíssimos para amenizar a dor, mas me disse que, por causa de uma calcificação na bacia, sempre teria essas crises”, detalha.

“Ele também me recomendou fazer exercícios e emagrecer, como forma de ajudar a reparar as articulações, que estavam sobrecarregadas”.
Arroz, pão e macarrão integrais
Drika conta que, em fevereiro de 2012, quando já estava decidida a mudar e já estava fazendo algumas pequenas alterações na alimentação, ela participou de um churrasco e teve intoxicação alimentar. “Fiquei muito mal. Juntando o histórico anterior das dores, foi o bastante para eu decidir que a comida não roubaria mais a minha saúde”, conta.
Decidida, mas com poucos recursos financeiros na época, já que estava desempregada e prestando concursos, Drika começou uma reeducação alimentar, reduzindo as porções da comida e trocando o arroz, pão e macarrão por suas versões integrais.
“Além disso, aumentei a ingestão de água e optei por reduzir o açúcar para uma vez na semana”, diz ela, que começou a fazer 10 minutos de caminhada na rua e, com o tempo, foi aumentando o tempo.

A engenheira conta que, durante o processo de emagrecimento, houve períodos em que engordou. “Quando fui aprovada e convocada pelo concurso, mudei de cidade duas vezes e isso me acarretou um ganho de cinco quilos, mas me mantive na dieta e quando a vida estabilizou, emagreci ainda mais”.
Hoje o objetivo é outro: ganhar mais massa, definir e melhorar o resultado em geral.
“Sou fã da comida de verdade”
Arroz, feijão e frutas são os prediletos de Drika. “Como de tudo um pouco, sou fã da comida de verdade. Os carboidratos, proteínas e gorduras devem estar sempre em equilíbrio”, continua ela, que, agora, cursa Nutrição e virou life coach para ajudar pessoas obesas a melhorar a saúde por meio do emagrecimento.
A futura nutricionista conta que abandonou todos os alimentos que não têm valor nutricional. “Cortei refrigerantes, suco industrializados, bebidas alcoólicas – bebo uma taça de vinho raramente – e fast food. É uma opção minha, mas prefiro fazer meu hambúrguer em casa, sabendo bem o tipo de carne e os temperos que estou colocando”.
“Não se abandone"
Perder peso não é fácil, e o desânimo vem logo depois do início da dieta, mas Drika encoraja. “Não se abandone. Muitas vezes o número de quilos a perder é grande, o desânimo bate e a pessoa desiste antes mesmo de começar a ter resultados. Mutias vezes, ninguém mais acredita em você. Seja, então, o único a acreditar, seja o seu melhor amigo”, recomenda.
