Injeção mensal causa perda de 20% do peso em um ano, aponta estudo

Participantes que utilizaram o medicamento experimental mantiveram os resultados por até 150 dias

Foto: Amanda Panteri
Injeção mensal causa perda de 20% do peso em um ano, aponta estudo

Um novo medicamento experimental foi capaz de ajudar pacientes com obesidade a emagrecer cerca de 20% do peso corporal em apenas um ano. O resultado foi divulgado pela farmacêutica Amgen, criadora do remédio, após testes em laboratório.

O fármaco recebe o nome de MaryTide e é aplicado via injeção apenas uma vez por mês – para você ter uma ideia, o Mounjaro, que também é usado no tratamento da obesidade, é semanal.

Como funcionou o estudo

Para o ensaio clínico, foram selecionados 600 participantes. O objetivo era verificar tanto a efetividade quanto a segurança do remédio (teste do tipo fase 2). Mas para ser comercializado, ele ainda precisaria passar por outras etapas de investigações, bem como receber a aprovação das agências reguladoras .

De acordo com o diretor científico da empresa, Jay Bradner, houve mais uma consequência surpreendente do MaryTide: após a utilização, os indivíduos foram capazes de manter a perda de peso por até 150 dias. Além disso, o fármaco apresentou bons resultados no emagrecimento de pessoas com diabetes (estas perderam cerca de 17% do peso corporal).

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Alguns pacientes relataram reações adversas, como náuseas, que perduraram em média por seis dias, e vômitos, que ocorreram por um a dois dias. Em todos os casos, os sintomas desapareceram espontaneamente.

Como ele funciona?

O medicamento da Amgen se distingue dos tratamentos para obesidade atualmente disponíveis, como o Wegovy, da Novo Nordisk, e o Zepbound (Mounjaro), da Eli Lilly, por seu mecanismo de ação.

Enquanto os medicamentos mencionados são análogos do GLP-1, imitando a ação desse hormônio intestinal, o MariTide é um anticorpo que tem um efeito mais duradouro no organismo . Isso porque ele contém dois peptídeos que se ligam aos receptores do GLP-1.

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Além disso, o anticorpo também inibe a ação de outro hormônio intestinal chamado GIP. Bradner menciona que a decisão de bloquear o GIP foi baseada em estudos genéticos realizados na Islândia, que revelaram que indivíduos com uma variante genética que impede o funcionamento do GIP tendem a ser naturalmente mais magros.

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