A ansiedade ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, aumentando a produção de cortisol, o hormônio do estresse. Esse processo leva a uma série de alterações na pele, incluindo aumento da oleosidade , ressecamento, inflamações e alterações na barreira cutânea.
As condições mais afetadas são acne, dermatite seborreica , eczema e psoríase. Além disso, o prurido psicogênico, caracterizado pela coceira sem causa dermatológica aparente, pode surgir e piorar o quadro.
Como cuidar da pele durante picos de ansiedade?
Durante períodos de alta ansiedade , priorize produtos calmantes e de barreira, como cremes com niacinamida, ceramidas e alantoína.
Evite esfoliantes agressivos , ácidos e retinóides, pois a pele pode estar mais sensível. Compressas frias e o uso de água termal podem ajudar a reduzir a inflamação.
Foque também em práticas de autocuidado , como massagens faciais suaves, pode não apenas beneficiar a pele, mas também ajudar no controle da ansiedade.
Qual a relação entre a pele e as emoções?
A pele e o sistema nervoso compartilham a mesma origem embriológica: ambos derivam do ectoderma. Por isso, há uma conexão íntima entre eles .
Emoções como ansiedade e estresse desencadeiam a liberação de neuropeptídeos e citocinas, que modulam a resposta inflamatória da pele.
O cortisol em excesso afeta a função de barreira, tornando a pele mais suscetível a irritações e infecções. Esta relação é o que chamamos de eixo pele-cérebro, que demonstra como fatores psicológicos influenciam diretamente a saúde cutânea.
Dr. Lucas Miranda, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e fundador da Clínica Lucas Miranda. Instagram: @drlucasmiranda.dermato