O problema atinge, principalmente, mulheres na menopausa, mas também pode ocorrer no pós-parto e em pacientes de câncer que estão em tratamento . Muito associado ao desconforto sexual, o chamado ressecamento vaginal também pode causar coceira nas partes íntimas da mulher e perda urinária por esforço. Além disso, se não for corretamente tratado , a pessoa ainda corre risco de atrofia, afinamento e secamento por completo da estrutura perivaginal.
“A grande maioria das mulheres só percebe quando tem vida sexual ativa, muitas que não têm não percebem o ressecamento vaginal e caminham para perdas urinárias ou quedas da bexiga. É importante o exame ginecológico para que o médico faça o diagnostico”, afirma Dr. Eliano Pellini, chefe do Departamento de Sexualidade da Faculdade de Medicina do ABC.
Algumas mulheres que usam anticoncepcionais em pílula também podem ter o problema, já que ele se dá pela falta de estrogênio. O tratamento pode ser feito por reposição ou terapia hormonal ou também pelo uso de cremes específicos com o hormônio feminino. Para evitar o desconforto sexual, o médico aconselha o uso de lubrificantes vaginais.
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“É um fenômeno importante que, se não cuidado, leva a uma perda de qualidade de vida muito grande. É preciso dizer que é fácil de se tratar”, afirmou Dr. Eliano Pellini. Além da terapia hormonal, o especialista alerta para a importância das mulheres no pós-parto serem orientadas sobre a necessidade de uma hidratação vaginal.
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Conhecimento
Pesquisa aponta que 20% das internautas brasileiras não sabem o que é ressecamento vaginal e 68% conhecem pouco do assunto. Além disso, 17% das entrevistadas não sabem o que pode causar o problema. O levantamento foi encomendado pela Teva Farmacêutica e realizada pelo Conecta.
Entre as mulheres que já tiveram ressecamento vaginal, os sintomas mais citados foram região da vagina ressecada (69%), dor durante o sexo (69%) e ardência na região (44%). O problema afetou principalmente a vida amorosa e sexual (76%), o convívio social (27%), o trabalho (24%) e a prática de exercícios (22%), fazendo com que elas se sentissem irritadas (53%), inseguras (44%), com baixa autoestima (33%), envergonhadas (33%) e menos atraentes (24%).
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Apesar de 68% das mulheres afirmarem que vão ao ginecologista pelo menos uma vez ao ano, 24% das que tiveram ressecamento vaginal não procuraram um médico para tratar o problema. Entre os motivos apontados estão: “considerar normal sentir-se ressecada/o desconforto não precisava ser tratado” (40%), “não achar importante” (25%) e “falta de tempo” (23%).