Uma jovem mãe indiana ficou perplexa depois de dar à luz um bebê com um raro distúrbio de saúde chamado sirenomelia, também conhecido como “síndrome da sereia”, na última quarta-feira (7). Este foi o segundo caso da doença já registrado no país. Infelizmente, a criança não resistiu e acabou falecendo apenas quatro horas depois de nascer. As informações são do "Daily Mail".
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Muskura Bibi, de 23 anos, deu à luz no hospital Chittaranjan Deva Sadan, em Calcutá. Por causa das condições financeiras da família, ela não realizou pré-natal e, portanto, não fez nenhum exame de ultrassom durante a gravidez. Desse modo, só ficou sabendo que seu bebê tinha a "síndrome da sereia
" após o nascimento.
O sexo do bebê não pode ser descoberto, uma vez que a síndrome da sereia apresenta a junção das pernas e uma pélvis com má formação.
O médico pediatra Sudip Saha afirmou que “os pais do bebê são trabalhadores e não tiveram condições de buscar ajuda médica e de medicamentos ao longo da gravidez”. Ele ainda explicou que algumas condições – como a desnutrição da mãe e a circulação sanguínea inapropriada podem ser fatores para a anomalia.
Dr. Saha também conta que ficou bastante surpreso quando se deparou com o caso no hospital. “Nunca vi um bebê assim antes. É o primeiro caso de sirenomelia no estado e o segundo, no país”, lembra. “Ele nasceu com a parte superior com a formação normal, porém do quadril para baixo apresentou deformação. Não estava desenvolvida completamente”, diz.
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Em 2016, uma mulher de Uttar Pradesh , no norte da Índia, deu à luz um bebê com a condição rara, e que sobreviveu apenas por 10 minutos.
Entenda a doença
A síndrome da sereia afeta um bebê a cada 100 mil nascimentos. De acordo com médicos da Universidade de Oxford, a ocorrência dos distúrbios está relacionada a defeitos congênitos ligados a anormalidades dos vasos sanguíneos do cordão umbilical. Isso porque o normal é que o feto desenvolva duas artérias umbilicais, que levam o sangue para a placenta, bem como uma veia umbilical, que faz o sentido contrário do sangue.
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Segundo os médicos, a síndrome da sereia é extremamente mortal, ocorrendo, na maioria das vezes, cerca de 100 vezes mais, em gêmeos univitelinos do que em gestações isoladas em gêmeos bivitelinos.