Duas novas subvariantes da Ômicron foram detectadas em pacientes de Santo André e São Caetano do Sul, cidades na região metropolitana de São Paulo . Os casos, de acordo com Centro Universitário FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) derivam da subvariante BQ.1 .
As linhagens foram confirmadas após análise de três casos de Covid pela FMABC. A BQ.1 tem mutações genéticas que dificultam o reconhecimento e neutralização do vírus pelo sistema imunológico.
Dos três casos de Covid analisados, dois são das linhagens BQ.1.1.17 e BQ.1.18, que ainda não tinham sido identificadas no Brasil .
Os três pacientes diagnosticados apresentaram sintomas leves da doença e não tiveram maiores complicações. Ainda não se sabe o efeito das novas linhagens em relação à transmissibilidade ou agravamento da Covid.
"Conforme surgem novas mutações sempre temos algumas alterações no número de casos, mas isso não impacta necessariamente na gravidade", disse a pesquisadora e coordenadora do setor de Biologia Molecular do Laboratório de Análises Clínicas da FMABC, Beatriz da Costa Aguiar Alves.
Após aumento de casos da doença recentemente , o Laboratório de Análises Clínicas do Centro Universitário retomou o processo de sequenciamento genômico na Grande São Paulo. E, em uma das análises, as subvariantes foram encontradas.
Na última semana, os testes positivos analisados pela FMABC atingiu os 75%.
Sobre a BQ.1
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a variante BQ.1 da Covid-19 já foi detectada em ao menos 65 países .
A BQ.1 originou-se de uma mutação da variante BA.5 da Ômicron . A nova sublinhagem vem crescendo cada vez mais em relação às outras variações do vírus que já estão em circulação no mundo.
Os principais sintomas das pessoas que são infectadas pela BQ.1 continuam sendo os mesmos que ficaram conhecidos desde o início da pandemia, em 2020: dor de cabeça, dor de garganta, coriza, tosse, febre, perda de olfato e de paladar.
Ao contrário do que pode acontecer com idosos ou pessoas com comorbidades, a maioria dos casos não apresenta gravidade. Muito por conta de 79,9% da população já ter tomado a segunda dose da vacina.
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