Uma das principais dúvidas das pessoas em relação ao diabetes é sobre os sintomas. O que muitos não sabem é que, para uma grande parte das pessoas, a doença não dá sinais ou não apresenta sintomas, não por um tempo, em alguns casos anos. A organização Mundial de Saúde (OMS) acredita que cerca de 7 milhões de brasileiros já estão com a doença instalada, mas não têm o diabete e consequentemente não tratam, aumentando a chance de complicações mais graves no futuro. Quando eu digo complicações graves são: infarto, AVC, perda de visão, doença renal crônica e amputações de membros. Não é terrorismo isso, mas a gente precisa explicar o que o diabetes descontrolado ou sem tratamento adequado pode causar.
Bom, mas quando falamos de pessoas estarem vivendo com diabetes sem saber nós estamos dizendo sobre o diabetes tipo 2, em que o corpo continua produzindo insulina, mas essa insulina não é suficiente ou não consegue ser usada de forma adequada pelo organismo, diferentemente do que acontece com o diabetes tipo 1, em que o corpo deixa de produzir a insulina, hormônio essencial para a nossa sobrevivência.
Isso aconteceu no meu caso. Quando minhas células que produzem a insulinas foram destruídas pelo sistema imunológico, imediatamente eu comecei a ter sintomas como já relatei aqui na coluna . Eu comecei a sentir muita sede. Uma fome exagerada. Emagreci 13 quilos em 2 meses e minha visão ficou embaçada. Esses são os sintomas clássicos de glicose alta, mas como eu disse, muitas pessoas não têm esses sintomas quando a doença se instala no organismo.
Por esse motivo é importante chamar atenção para alguns fatores que aumentam a chance de a pessoa ter diabetes. Conhecer esses fatores é fundamentar para investigar e fazer o diagnóstico precoce, reduzindo o risco de complicações no futuro.
O primeiro deles é a questão genética. Se você tem caso de diabetes na família, você precisa fazer exames preventivos.
Se você ganhou peso nos últimos anos ou está com obesidade, também é fundamental ficar atento. Sobrepeso ou obesidade é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2.
Pessoas que já usaram ou usam grande quantidade de corticoide também devem redobrar a atenção. Durante a pandemia da Covid 19, algumas pessoas que foram contaminadas pelo vírus e usaram essa medicação em grande dosagem, necessária naquele momento, acabaram apresentando alteração na glicemia ou até descobriram conviver com diabetes.
As formas mais simples para diagnosticar algum indício de glicose alta é realizando dois exames de sangue laboratoriais: glicemia em jejum e o de hemoglobina glicada. Este último faz uma média da glicemia no sangue dos últimos três meses.
Os resultados desses dois exames revelam se a pessoa já tem o diagnóstico de diabetes ou apresenta alteração glicêmica, no caso pré-diabetes.
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