O projeto está sendo executado pela empresa de biotecnologia Inmunova, em cooperação com a Universidade estadual de San Martín, entre outras organizações
Foto: Arquivo/Instituto Vital Brasil
O projeto está sendo executado pela empresa de biotecnologia Inmunova, em cooperação com a Universidade estadual de San Martín, entre outras organizações

Está em teste, em um ensaio clínico, o soro hiperimune de cavalos para combater o novo coronavírus (Sars-CoV-2).  O estudo é realizado em pacientes de 18 centros médicos na Argentina, informou uma porta-voz da pesquisa à AFP. A fase de avaliação clínica conta com a participação voluntária de 242 pacientes e tem o término previsto para o mês de outubro, segundo o porta-voz. 

Nesta quarta-feira (16), a Argentina registra mais de 577 mil casos do novo coronavírus com quase 12 mil mortes.


A experimentação "é baseada em anticorpos policlonais equinos, obtidos pela injeção de uma proteína recombinante do Sars-CoV-2 nestes animais, inofensiva para eles, o que faz com que eles gerem uma grande quantidade de anticorpos neutralizantes", explicou a assessora de imprensa, Silvina Berta.

De acordo com a reportagem da AFP, o projeto está sendo executado pela empresa de biotecnologia Inmunova, em cooperação com a Universidade estadual de San Martín, entre outras organizações. Iniciado em julho por pesquisadores argentinos, "até agora 53% do estudo clínico foi concluído", disse a porta-voz.

O soro "foi desenvolvido para imunização passiva, o que significa que o paciente recebe anticorpos contra o agente infeccioso para bloqueá-lo e evitar que se espalhe pelo corpo", acrescentou.

A fase 2/3 do estudo avalia a segurança e eficácia do soro em pacientes adultos com doença moderada a grave, dentro de dez dias do início dos sintomas e precisando de hospitalização.

Após a extração do plasma de cavalos, "os anticorpos são purificados e processados, por meio de um processo biotecnológico", ressaltou a porta-voz. "Testes de laboratório in vitro mostraram a capacidade de neutralizar o vírus, com uma potência cerca de 50 vezes maior que a média do plasma convalescente", acrescentou.

No Brasil, o Instituto Vital Brazil, a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) estão se preparando para iniciar seu ensaio com plasma equino em pacientes da Covid-19.

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