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Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan

O estado de São Paulo pode iniciar a vacinação contra a Covid-19 no dia 25 de janeiro, mesmo sem a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, em entrevista ao Jornal da CBN, há uma regra que permite essa possibilidade. Ele afirmou que uma legislação, aprovada no começo do ano, pode permitir o uso, no Brasil, da CoronaVac, que ainda não foi registrada.

Dimas destacou que isso pode ocorrer porque o texto possibilita a incorporação de insumos, medicamentos e aparelhos que tenham registro no país de origem. A expectativa é que a vacina obtenha o aval da China antes de ser liberada no Brasil.

"Isso foi feito com respiradores, foi feito com outros equipamentos, e isso também pode ser feito com a vacina. Existem mecanismos para isso. Obviamente, que o rito habitual é o que desejamos. Esperamos que a Anvisa mostre a sua independência, a sua agilidade, analise rapidamente esses dados e nos ajude. Eu peço, encarecidamente, que haja esse espírito de urgência e de cooperação com todo o Brasil", afirmou Covas.

Mas, apesar disso, ele cobrou agilidade da Anvisa e não descartou judicializar um eventual atraso num momento de emergência nacional. "Não podemos ficar submetidos a procedimentos burocráticos. Estamos tratando de vidas humanas", destacou ele. "Existe uma urgência nacional", completou.

O diretor do Butantan também confirmou a informação de que o governo estadual vai solicitar o registro e o uso emergencial da CoronaVac. Os pedidos serão apresentados assim que os resultados da fase três de testes clínicos forem divulgados, o que deve ocorrer até o próximo dia 15.

"Estamos trabalhando fortemente nesse sentido. Temos uma grande equipe já preparando todos os resultados, todos os dados, e esperamos cumprir esse prazo", concluiu.

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