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Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde do estado de São Paulo

O governo paulista solicitará o uso emergencial da CoronaVac à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em entrevista ao Portal iG, o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, garantiu que o pedido só depende agora da eficácia do imunizante, que é desenvolvido pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. 

"Teremos nos próximos dias a eficácia da vacina e é isso que vai consolidar a realização de um programa estadual caso o imunizante não seja associado ao governo federal. Nós temos segurança na fase 1 e 2, teremos a eficácia e baseado nisso, faremos a solicitação tanto de uso regular como emergencial. Isso já está sendo feito", garantiu o secretário de Saúde de São Paulo. 

No início da tarde desta segunda-feira (7), o governador João Doria (PSDB) anunciou que a vacinação contra Covid-19 em São Paulo começará no dia 25 de janeiro de 2021. 

A vacina do Butantan ainda está na terceira fase de teste e a eficácia precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Anvisa. A previsão do governo de São Paulo é a de que os documentos sobre a CoronaVac sejam entregues à Anvisa no dia 15 de dezembro.

Além do uso emergencial, a equipe de Saúde do governo estadual também entrará com o pedido de registro regular da CoronaVac ao órgão. De acordo com o coordenador-executivo do Centro de Contingência do Coronavírus em São Paulo, João Gabbardo, a expectativa é que a Anvisa libere o registro em até 40 dias. "Acreditamos que esse prazo é o suficiente para que a Anvisa possa analisar os dados que estão sendo enviados agora, os dados preliminares da Fase 3."

Sobre o plano de vacinação com a CoronaVac, divulgado hoje pelo governo estadual, Gorinchteyn explicou que essa é uma primeira fase, que deve contemplar 9 milhões de pessoas com 18 milhões de doses. "A partir de 29 de fevereiro começa uma segunda fase e oportunamente deverá ser divulgado os novos grupos", explicou.

João Doria espera que a CoronaVac seja incluída no Programa Nacional de Imunização, mas garantiu que o cronograma estadual será mantido independentemente das datas estipuladas pelo governo federal.
"No dia 25 de janeiro, se pudermos ter o governo federal do nosso lado será bem-vindo, não há nenhuma hostilização, nenhum fator que nos impeça de incorporarmos ao programa estadual de imunização ao programa nacional de imunização. Mas se não o fizer, em São Paulo, no dia 25 de janeiro, começamos a salvar vidas no nosso estado com a CoronaVac."

Primeira fase 

-18 milhões de doses da vacina
-25 postos estratégicos de armazenamento e distribuição regional
-54 mil profissionais de saúde
-27 milhões de seringas e agulhas
-5,2 mil câmaras de refrigeração
-30 caminhões refrigerados de distribuição diária
-2,1 mil viagens em todo o período de vacinação
-25 mil policiais para escolta das vacinas e segurança dos locais de vacinação

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