Professor da UFMG comenta sobre relação entre obesidade e covid-19
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Professor da UFMG comenta sobre relação entre obesidade e covid-19



Na última semana uma pesquisa norte-americana revelou que a obesidade aumenta em até quatro vezes o risco de morrer por Covid-19 . Para o professor do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da UFMG, Josemar Moura, existe uma hipótese que mostra a relação entre as doenças.

“A gente sabe muito pouco sobre a Covid-19 e sua evolução, mas podemos constatar que, nos casos mais graves, os indivíduos apresentam uma reação inflamatória exagerada que leva ao acometimento dos pulmões. A obesidade é considerada uma doença inflamatória crônica. Então, o indivíduo que já vive em um estado inflamatório aumentado pode ficar mais grave ao ser infectado pelo novo coronavírus ”, explicou ele em entrevista ao portal BHAZ.

Conforme dados do Ministério da Saúde, das vítimas fatais do novo coronavírus (Sars-CoV-2) 69% tinham mais de 60 anos e 65% apresentavam pelo menos um fator de risco. A maioria era formada por idosos ou apresentava obesidade.

Segundo Moura, a obesidade é multifatorial e pode ser desencadeada por fatores como a genética, atividade física, hábitos alimentares e laborais. Ele ressalta que outros motivos também podem levar uma pessoa a obesidade, como o uso de medicamentos e o própria cultura.

Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico 

A Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas do Ministério da Saúde (Vigitel) aponta que mais da metade dos brasileiros estão acima do peso e 20% são obesos.

O indivíduo é considerado obeso quando seu índice de massa corporal, calculado ao se dividir o peso pelo quadrado da altura, for maior ou igual a 30 kg/m² – ou mesmo abaixo desse valor, quando a circunferência abdominal ultrapassa 88cm em mulheres e 102cm em homens.

Relação entre obesidade e a Covid-19

Josemar Moura foi convidado pela TV UFMG para falar mais sobre o tema, na oportunidade falou sobre os impactos da obesidade para a saúde pública e analisou os números divulgados pela Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, além de apresentar propostas de intervenção para reduzir o número de pessoas obesas no país.


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