O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e o representante da OPAS/OMS no Brasil, Joaquin Molina, durante audiência na Câmara dos Deputados em Brasília, em março de 2018
José Cruz/Agência Brasil
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, e o representante da OPAS/OMS no Brasil, Joaquin Molina, durante audiência na Câmara dos Deputados em Brasília, em março de 2018

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou na última sexta-feira (3) que exigiu dos Estados Unidos, e de outros países, que compartilhem informações sobre a origem da Covid-19.

Autoridades norte-americanas alegaram que um  vazamento em laboratório na China teria originado a pandemia do coronavírus.

"Se um país dispõe de informações sobre as origens da pandemia, é essencial que essas informações sejam compartilhadas com a OMS e com a comunidade científica internacional", ressaltou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma entrevista coletiva.


O diretor afirmou ainda que a politização envolvendo a pesquisa sobre a origem da doença dificulta a investigação científica, o que permite que o mundo fique menos seguro.

Para Tedros, a questão não é "apontar culpados", mas "avançar nossa compreensão sobre como a pandemia começou para poder prevenir futuras epidemias e pandemias, para nos prepararmos e responder."

Em 2021, os EUA divulgaram um relatório sobre o SARS-CoV-2, em que apontava que o vírus começou a circular pela primeira vez em Wuhan, na China, em novembro de 2019.

Ainda em 2021, o FBI concluiu que a pandemia provavelmente foi resultado de um vazamento de laboratório na China, porém a CIA, e outras agências, não definiram suas conclusões.

No último domingo (26), o "The Wall Street Journal" publicou um relatório do Departamento de Energia dos EUA que indica um vazamento em um laboratório chinês como a possível origem do vírus da Covid-19.

A China considerou a informação de "baixa confiança". Outras quatro agências e um painel nacional de inteligência norte-americanos também não creditaram o relatório.


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