O ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou nesta segunda-feira (8) que a implantação de planos de saúde populares permitirá o acesso de mais pessoas a esses serviços, algo que poderia aliviar os gastos com o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS).
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De acordo com Barros, planos ambulatoriais já são autorizados, mas o governo não vai estabelecer modelos para os novos planos de saúde mais econômicos, cabendo a cada empresa propor seu modelo para o mercado.
“Queremos mais recursos para a saúde e, como estamos nessa crise fiscal, se tivermos planos acessíveis com modelos de que a sociedade deseje participar, teremos R$ 20 ou R$ 30 bilhões a mais de recursos que serão colocados para atendimento de saúde. Isso vai aliviar nosso sistema, que está congestionado.”
Menos serviços
Um texto foi publicado no Diário Oficial da União na última sexta-feira (5) dando origem ao grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde para discutir e elaborar um projeto sobre o tema. A ideia é criar planos com menos serviços do que foi definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) .
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“Precisamos criar um mecanismo que possa simplificar a regulação para permitir que a oferta de serviço à população seja mais ampla. [...] as pessoas aderem ou não, livremente. Ninguém é obrigado, e quem não está satisfeito não precisa continuar pagando o plano de saúde”, afirma o ministro.
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As operadoras não serão obrigatórias a oferecer esse tipo de plano, que será fiscalizado pelo Procon. Especialistas criticam a medida por acreditar que a adesão do consumidor a determinados planos mais simplificados pode causar a necessidade posterior de atendimentos não cobertos. Barros, em contrapartida, diz que isso já acontece atualmente.
Barros ressaltou que não é favorável a qualquer tipo de imposto exclusivo para financiar a saúde e negou que o governo pretenda privatizar o setor. De acordo com a Constituição, esse é um direito do cidadão que deve ser garantido pelo Estado.
* Com informações da Agência Brasil