Apesar de prejudicar tanto homens quanto mulheres, o tabagismo, principal causa de morte evitável no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde, é amplamente mais prejudicial para pessoas do sexo feminino do que para as do masculino – ao mesmo tempo em que também elas são as que mais têm dificuldade para largar vício.
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É o que afirma a cardiologista Jaqueline Scholz, diretora do Programa de Tratamento ao Tabagismo do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor). De acordo com a médica, mulheres têm a vida abreviada em 14 anos quando fumam – enquanto homens, dez anos.
“As mulheres perdem uma proteção natural que é o estrógeno, que as protegem de problemas cardiovasculares. Podem ocorrer problemas como menopausa precoce – quatro a cinco anos mais cedo –, infarto e até derrame", enumera Jaqueline.
“Quando você fica uma hora em exposição à fumaça, ela altera a parede do seu vaso sanguíneo por 12 horas, e aí você tem outras circunstâncias como diabetes, hipertensão, desidratação, e essa combinação é suficiente para a formação de um coágulo, que pode ir para o coração ou ao cérebro.”
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O risco de uma mulher fumante de 40 anos sofrer um infarto, segundo Jaqueline, é seis vezes maior do que uma que nunca usou cigarro. Já em relação aos homens, ele cai para três vezes. Os cânceres de pulmão e bexiga também são mais agressivos nas mulheres.