A leishmaniose é transmitida pela picada de insetos e pode se desenvolver de duas formas: visceral e cutânea
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A leishmaniose é transmitida pela picada de insetos e pode se desenvolver de duas formas: visceral e cutânea

Relatório do Instituto Nacional de Medicina Tropical da Argentina alerta para a necessidade de controlar a leishmaniose, doença infeciosa causada por um parasita e que pode levar à morte. O documento foi publicado na Revista Pan-Americana de Saúde Pública da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

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De acordo com a organização, a leishmaniose atinge mais de 60 mil pessoas por ano só nas Américas. A doença faz parte do grupo de males considerados negligenciados, que afetam mais a população que vive em condições de vulnerabilidade ou em áreas remotas.

Principal pesquisador do estudo argentino, Oscar Salomón afirmou que o trabalho tem o objetivo de buscar alternativas para uma doença ainda sem estratégias suficientes para ser controlada. A pesquisa faz parte de um projeto mais amplo e liderado também por especialistas do Paraguai e Brasil.

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Os autores afirmam que é necessário estabelecer um monitoramento de possíveis tendências de aumento da circulação do parasita. A partir disso, elaborar estudos para verificar a transmissão e sua intensidade. A doença seria sensível a condições climáticas e consequências provocadas por mudanças no meio ambiente e uso da terra, como desflorestamento e construção de rodovias, que afetam diretamente os insetos vetores do parasita.

Sobre a doença

A leishmaniose é transmitida pela picada do mosquito-palha e é a segunda doença parasita que mais mata no mundo. Pode se desenvolver de duas formas: visceral, que pode levar à morte se não for tratada, e cutânea, que é mais difícil de se chegar à cura e se manifesta com lesões na pele, podendo evoluir para úlceras e desfiguração.

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Entre 2001 e 2013, dos 743 mil casos de leishmaniose cutânea registrados nas Américas, 42% concentraram-se no Brasil, 20% na Colômbia e 13% no Peru. Já os 45 mil casos da forma visceral foram registrados quase que somente no Brasil (96%). Apenas Chile e Uruguai não continuam registrando o problema.

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