A presença de capivaras no Parque Ecológica da Pampulha, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, se tornou um impasse para prefeitura. Os animais são hospedeiros da bactéria causadora da febre maculosa, doença que causou a morte de um menino de 10 anos. A suspeita é que a criança tenha sido contagiada durante uma visita ao parque.
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A febre maculosa é transmitida por carrapatos, tendo como principal hospedeiro os cavalos, mas também pode ocorrer em cães, aves e nas capivaras. Os principais sintomas da doença são manchas e dores pelo corpo, dor de cabeça, amarelamento da pele, náuseas e febre.
Na orla da Lagoa da Pampulha há dezenas de capivaras. Em setembro de 2014, a prefeitura de Belo Horizonte começou um trabalho de captura dos animais após constatar que alguns deles portavam a bactéria Rickettsia rickettsii. De 46 animais capturados, 19 morreram no cativeiro.
Em março de 2015, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) notificou a prefeitura para que os animais fossem soltos. O órgão considerou que o prazo para manutenção das capivaras em cativeiro havia expirado e que não havia um plano de manejo elaborado. Na ocasião, o município conseguiu uma liminar impedindo a soltura, mas os animais foram finalmente devolvidos à orla da Lagoa da Pampulha em março deste ano, após revogação da liminar pela Justiça Federal a pedido do Ministério Público Federal (MPF).
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O MPF argumentou que um laudo técnico veterinário da Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte havia comprovado que os animais viviam em péssimas condições ambientais no abrigo
Na época, a sentença do juiz Itelmar Raydan Evangelista destacou que “a captura e a manutenção desses animais em cativeiro, sem um plano de manejo adequado, representa ofensa a um bem protegido por lei”. O magistrado considerou ainda que, ao tentar solucionar um problema ambiental antigo, criou-se outro mais grave e imediato.
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Prevenção
A morte do menino de 10 anos foi o primeiro caso confirmado da febre maculosa em Belo Horizonte desde 2015. Nos últimos dez anos, foram registradas quatro ocorrências na capital mineira. A prefeitura afirmou que vai intensificar as ações de prevenção, realizando a capacitação de profissionais e distribuindo material informativo à população.
*Com informações da Agência Brasil