Mais de 22% dos médicos que realizam o pré-natal de gestantes aceitam a ingestão de até uma taça de vinho pelas mães . Já 4,5% vão além e não contraindicam nem mesmo drinques com teor alcóolico mais elevado, desde que no limite de duas doses. Os dados são da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), que faz um alerta sobre a Síndrome Alcoólica Fetal.
O bebê que fica exposto a qualquer tipo e quantidade de bebida alcoólica corre risco de problemas graves e irreversíveis. A Síndrome Alcoólica Fetal pode ser detectada logo ao nascimento, mas também pode dar sinais mais tardiamente.
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Foram ouvidos 1.115 médicos que atuam nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro entre os dias 25 de abril e 20 de maio deste ano. Entre eles, 92,5% eram ginecologistas-obstétricos, 49,8% pertencentes à rede privada, 3,4% à saúde pública, e 46,8% presentes em ambos os sistemas. O levantamento foi feito em parceria com a empresa Marjan Farma.
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Outro grande problema que o estudo apontou é que 44,8% dos especialistas afirmaram que as mulheres grávidas não os informam se estão consumindo álcool durante a gestação. De acordo com a SPSP, no Brasil não há dados oficiais sobre o problema, mas a relação é de 1 a 3 casos por mil nascidos vivos mundialmente.
#gravidezsemalcool
O estudo foi divulgado nesta sexta-feira (23) durante uma ação da campanha #gravidezsemalcool, que tem como objetivo alertar a população sobre os riscos da Síndrome Alcoólica Fetal. Entre os problemas causados pela ingestão de álcool durante a gravidez estão malformações congênitas faciais, neurológicas, cardíacas e renais, além de alterações comportamentais.
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Para o presidente da SPSP, Claudio Barsanti, além de conscientizar as futuras e mamães e os profissionais que vão atende-las, também é preciso a “aprovação de leis que institucionalizem campanhas permanentes de esclarecimento e informação a respeito ingestão de qualquer dose de álcool durante a gravidez”.
A campanha sobre a Síndrome Alcoólica Fetal é realizada em uma parceria com a Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP), da Marjan Farma, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, a Academia Brasileira de Neurologia, a Associação Paulista de Medicina e a Associação Brasileira das Mulheres Médicas- Seção São Paulo.