Eliminação do sarampo nas Américas foi possível após campanha intensa de vacinação em todos os países da região
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Eliminação do sarampo nas Américas foi possível após campanha intensa de vacinação em todos os países da região

A região das Américas é a primeira do mundo a ser declarada livre do sarampo, doença que causava cerca de 2,6 milhões de mortes por ano no mundo antes do início da campanha de imunização , em 1980. O anúncio foi feito nesta terça-feira (27) pelo Comitê Internacional de Peritos de Documentação e Verificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome de Rubéola Congênita nas Américas durante o 55º Conselho Diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Organização Mundial da Saúde (OMS)

O sarampo é uma doença viral que pode causar graves problemas de saúde como pneumonia, cegueira, inflamação do cérebro e até mesmo a morte. Afetando principalmente crianças, é transmitida por gotas de saliva procedentes do nariz, boca e garganta de pessoas infectadas.

A doença é a quinta prevenível por vacinação a ser eliminada nas Américas. Antes dela, a varíola foi extinta em 1971, a poliomielite em 1994, e a rubéola e a síndrome de rubéola congênita em 2015. Ao longo de seis anos, o Comitê Internacional de Peritos reuniu evidências da eliminação.

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De acordo com a Opas, um estudo sobre a efetividade da eliminação da infecção viral na América Latina e no Caribe estima que, com a vacinação, os países da região vão prevenir 3,2 milhões de casos de sarampo e 16.000 mortes até 2020.

O último caso endêmico de sarampo nas Américas foi registrado em 2002 na Venezuela. Contudo, alguns países da região continuaram notificando casos importados. Entre 2003 e 2014, o número total chegou a 5.077. No ano passado, foram notificados 244.704 casos de sarampo no mundo, mais da metade na África e Ásia.

Manutenção

A partir de agora, a Opas e o Comitê Internacional de Peritos recomendam a todos os países das Américas fortalecerem a vigilância ativa e manterem a imunidade da população através da vacinação.

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Carissa F. Etienne, diretora da Opas/OMS afirmou que é preciso proteger fortemente o resultado alcançado. “O sarampo continua circulando amplamente em outras partes do mundo, motivo pelo qual devemos estar preparados para responder aos casos importados. É fundamental continuar mantendo as altas taxas de cobertura de vacinação e é crucial que os casos suspeitos de sarampo sejam notificados às autoridades imediatamente.”

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