Pais ou responsáveis de meninos entre 12 a 13 anos já podem leva-los para tomar a vacina contra o HPV pelo SUS (Sistema Único de Saúde) nos postos de vacinação de todo o País. É a primeira vez que o imunizante é disponibilizado para garotos, já que, até ano passado, apenas meninas eram vacinadas.
O objetivo da vacina contra o HPV é proteger os meninos e adolescentes antes do início da vida sexual e possível contato com o vírus, que está ligado aos cânceres de pênis, garganta e ânus.
Em 2018, serão incluídos os meninos de 11 anos, no ano seguinte os de 10 e, em 2020, os de nove. Já as crianças e jovens entre nove e 26 anos com o vírus HIV já podem receber a vacina desde já. A expectativa do governo é de atender quase 3,7 milhões de meninos e jovens.
Cada menino vai receber duas doses contra o vírus com um intervalo de seis meses entre elas. Já aqueles com HIV deverão tomar três doses, com intervalo de dois meses e, depois, seis meses. O imunizante oferece proteção contra quatro subtipos do vírus. A eficácia é de 98% para aqueles que tomam todas as doses corretamente.
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O Brasil é o primeiro país da América Latina a ampliar a vacinação para crianças e adolescentes do sexo masculino. Atualmente, Estados Unidos, Austrália, Áustria, Israel, Porto Rico e Panamá também oferecem o imunizante aos meninos. Segundo o Ministério da Saúde, a medida está de acordo com as recomendações das Sociedades Brasileiras de Pediatria, Imunologia, Obstetrícia e Ginecologia, além de DST/AIDS e do órgão consultivo de imunização dos Estados Unidos – Advisory Committee on Imunization Practices.
Meninas
O SUS oferece a vacina contra o HPV desde 2014 para meninas. Este ano, aquelas que chegaram aos 14 anos sem receber as doses também poderão ser atendidas. Acredita-se que 500 mil adolescentes nunca tenham iniciado ou pararam o tratamento contra o vírus. Até o ano passado, a faixa etária para o público feminino era de 9 a 13 anos.
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“É muito importante que os pais tenham a consciência de que a vacinação começa na infância, mas deve continuada na adolescência. Pais e responsáveis devem ter, com os adolescentes, a mesma preocupação que têm com as crianças”, afirmou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, Carla Domingues.