A Secretaria de Saúde de São Paulo informou nesta segunda-feira (30) que o Estado já registra seis mortes confirmadas por febre amarela. Do total, em apenas dois casos as vítimas ficaram doentes em território paulista – Batatais e Américo Brasiliense. Os outros quatro casos foram importados de Minas Gerais, onde ocorre um surto da doença.
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Outras 17 pessoas estão com casos suspeitos de febre amarela silvestre. Dessas, quatro são do interior de São Paulo e as demais de Minas Gerias, Pará e Amazonas. Os números foram divulgados durante um encontro sobre arboviroses com a participação de prefeitos e secretários municipais da saúde de todos os municípios do Estado.
A reunião foi marcada na capital paulista para reforçar e aprimorar as estratégias de prevenção e enfrento à dengue, zika, chikungunya e febre amarela, doenças que podem ser transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti . Os casos de febre amarela transmitida pelo vetor, entretanto, não são registrados no País desde 1942.
Atualmente, só os mosquitos Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus no País. Os macacos são os principais hospedeiros, mas se uma pessoa não vacinada acaba entrando em contato com um mosquito contaminado pode ficar doente também.
Por enquanto, a vacina continua sendo recomendada apenas para pessoas que residem ou viajam para regiões endêmicas dentro ou fora do País . Atualmente, são 19 Estados brasileiros na chamada “Área de risco da febre amarela”.
Apesar do medo da doença se espalhar, os moradores devem saber que nem todo mundo pode tomar o imunizante. As doses são contraindicadas para crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas ou com doença inflamatórias crônica, doenças do timo e alergia a ovo.
Outras arboviroses
O número de casos de dengue caiu 76,3% em 2016, comparando com o ano anterior. Em 2015, foram registrados 162.053 casos da doença no Estado. A queda também foi vista no número de mortes, que passou de 488 para 97 no mesmo período. Já nos primeiros 30 dias de 2017 foram notificados 23 casos, sem mortes.
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Em relação à chikungunya, foi confirmado um caso de São Paulo neste ano, enquanto em 2016 foram 1.084, entre autóctones e importados. Ainda não há registros de zika, mas no ano passado foram notificados 4.086 casos da doença.
*Com informações da Agência Brasil