Shadot Hossain tem 47 anos e uma história de vida que pode chocar muitas pessoas. Morador de Bangladesh, ele sofre com inúmeros tumores benignos e de diversos tamanho por todo o corpo, até mesmo a língua. Já são tantos só no rosto que ele pode perder completamente a visão.
Os tumores também causam dor, coçam muito e deixam o corpo de Shadot pesado. Ele já não come ou dorme direito e não consegue usar muitas roupas na parte de cima do corpo. Os médicos acreditam que ele sofre de neurofibromatose, uma doença genética que gera o aparecimento de caroços pelo corpo.
“Eu não posso sair de casa porque as crianças tem medo de mim. Elas me chamam de monstro. Nem sempre fui assim, era até um jovem bonito”, afirmou Shadot em entrevista ao site Mirror.
“Hoje, no momento em que qualquer pessoa olha para mim, já tenta se afastar. As crianças saem correndo.”
Até mesmo o filho dele, Abdullah Hossain, de 12 anos, evita olhar muito para o pai. “Ele não fala comigo. Eu entendo o porquê dele se sentir assim. Não posso fazer nada pelo meu filho ou família.”
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Mudança de vida
Apesar de Shadot ter o problema desde mais novo, o quadro só se agravou nos últimos cinco anos. Antes, ele trabalhava e levava uma vida normal, mas, hoje, não consegue fazer tarefas básicas do dia a dia, como ir ao banheiro sozinho, por exemplo. Sem trabalhar, ele não consegue o dinheiro necessário para o tratamento e nem para manter seu filho na escola.
“Pessoas nos doam roupas já que não tenho condição de comprar”, afirmou Tajmohel Khatun, esposa de Shadot. “Meu marido tem essa condição e eu tenho que aceitar isso. Nossa duas filhas (mais velhas) já se casaram, mas por conta da nossa crise financeira não podemos mandar nosso filho para a escolha.”
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Felizmente, um assistente social local decidiu ajudar a família. Mohammed Mamun Biswas criou uma campanha para arrecadar dinheiro e garantir a cirurgia de Shadot para remover os tumores e manter sua visão. “Eu pedi para o governo fornecer o tratamento adequado a ele, para que possa voltar a ter uma vida normal, apoiar sua família e ajudar seu filho nos estudos.”