Mais de mil casos suspeitos de febre amarela foram notificados à Secretaria de Saúde de Minas Gerais desde o início do ano. Do total de 1.027, 234 foram confirmados e apenas 57, descartados. Segundo o informe epidemiológico publicado nesta terça-feira (21), há também 173 óbitos suspeitos, sendo que 83 já foram confirmados.
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Para que um caso seja confirmado, é necessário exame laboratorial detectável para a febre amarela , não detectável para dengue, histórico negativo para a vacinação, sinais e sintomas da doença e exames complementares que caracterizam disfunção renal.
Já há confirmação da infecção aguda em 44 municípios, mas há a suspeita em 83 cidades. Ladainha é a que tem mais casos confirmados e de óbitos: 29 e 21, respectivamente. Já Caratinga tem 21 confirmados, enquanto Novo Cruzeiro tem 20. O município também é um dos com mais casos de óbito, somando 18 mortes. Itambacuri e Teófilo Otoni também preocupam porque já registraram, juntos, 18 óbitos.
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Os homens são as maiores vítimas, e a mortalidade aumenta principalmente no grupo com mais de 40 anos. Entre os moradores que contraíram a infecção, sabe-se que 58% não foram vacinados e 8% não se vacinaram corretamente – apenas uma dose há mais de dez anos, imunizante após os primeiros sintomas ou afirmaram que tomaram, mas não comprovaram.
Febre amarela no Brasil
O Ministério da Saúde também atualizou seus dados sobre a doença nesta terça-feira. Atualmente, seis estados possuem casos ainda em investigação: Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Tocantins e Rio Grande do Norte.
No total, são 1.337 casos notificados, 919 em investigação, 292 confirmados e 126 descartados em 143 municípios. Já em relação aos óbitos já foram confirmados 97 dos 212 notificados. Apenas 3 foram descartados em 63 municípios.
Apenas os mosquitos silvestres Haemagogus e Sabethes transmitem a doença a humanos no Brasil. A forma mais eficaz de se proteger do vírus é tomando a vacina, mas nem todo mundo pode tomar o imunizante por conta dos efeitos colaterais.
Pessoas imunodeprimidas (idosos, portadores de HIV), que fazem uso de corticoides em doses elevadas (portadores de lúpus, pacientes com artrite reumatoide) e que estão sendo submetidas a transplante de medula ou órgão sólido não devem tomar a vacina contra febre amarela. Pessoas com reação alérgica grave após ingestão de ovo também são contraindicadas porque o imunizante é feito em células embrionárias de galinha. Também não há indicação para menores de seis meses e as mães que estiverem amamentando bebês nesta faixa etária. Nestes casos, é importante falar com um médico.