Cientistas britânicos desenvolveram uma espécie de "beijo de morte", que promete acabar com as proteínas ruins, conhecidas por serem as causadoras do câncer e também de doenças como a de Huntingdon. 

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A descoberta foi feita por uma equipe da Universidade de Dundee, na Escócia. Em tentativas de erradicar o câncer anteriormente, foi possível perceber que as proteínas ruins haviam desenvolvido uma resistência à drogas. Desse modo, os pesquisadores passaram a tentar anulá-las direcionando essas proteínas, por meio de moléculas, até ligá-las a agentes neutralizantes.

Ao serem direcionadas, proteínas causadoras do câncer poderão ser  ligadas à agentes neutralizantes
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Ao serem direcionadas, proteínas causadoras do câncer poderão ser ligadas à agentes neutralizantes

O professor Alessio Ciulli, da Escola de Ciências da Vida de Dundee, explica: "o que foi crucial para nossa pesquisa, é que, descobrimos que não basta que esta proteína neutralizante se aloje perto da proteína ruim. É preciso fazer contato direto, como se fosse 'beijá-la', e não é apenas um pequeno beijo, mas um verdadeiro abraço, para fazer efeito.”

É por isso que os cientistas passaram a chamar essa descoberta de "beijo da morte", já que esse é o método para garantir a degradação da proteína ruim.

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Para os pesquisadores, o maior problema é a dificuldade de encontrar moléculas que possam se ligar com sucesso e, ao mesmo tempo, destruir as proteínas ruins. "É uma área altamente complexa, uma vez que estas proteínas podem enganar os reguladores dentro da célula e ser extremamente difícil identificar com inibidores", afirma Ciulli.

Método

O professor conta que a pesquisa feita em Dundee nos últimos anos tem contribuído para estabelecer uma abordagem diferente, que foi teorizada por muito tempo, mas que só agora é plenamente realizada por este último trabalho.

"Em vez de usar a pequena molécula para tentar desabilitar a proteína ruim, desenvolvemos uma maneira de modificá-la para que ela possa ser usada para atrair as proteínas neutralizantes, que então se ligam ao seu 'vizinho ruim' e agem contra ele, iniciando umprocesso de aniquilação", esclarece Ciulli.

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Agora os cientistas esperam que essas proteínas causadoras do câncer antes, "não controláveis" possam ser removidas completamente.

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