Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) liberou nesta quarta-feira (29), cerca de 400 mil doses extras de vacina contra a febre amarela em Salvador, para as pessoas que não têm as duas doses registradas no cartão de vacinação. A atitude foi em decorrência da confirmação da doença em quatro macacos encontrados na capital.
De acordo com o órgão, será necessária a imunização de 1,7 milhão de pessoas em Salvador.
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Mesmo sem nenhum caso de febre amarela confirmado em humanos na Bahia, a secretaria já havia alertado que em animais, a doença já foi registrada. O ocorrido aconteceu na cidade de Alagoinhas, onde também foram entregues doses de vacinas extras para a população. A secretaria lembra que quem foi imunizado nos últimos dez anos está com a proteção em dia.
Investigação
O órgão estadual registrou, até terça-feira (28), 16 casos suspeitos de febre amarela em oito municípios. Sete deles foram descartados após exames laboratoriais e nove casos continuam sendo investigados. Nos macacos, foram 104 notificações, em 42 cidades baianas, com 23 confirmações das doenças em primatas não humanos.
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Capital
Com as distribuições, a prefeitura de Salvador se manifestou e anunciou medidas de intensificação das vacinas na capital. Segundo o secretário municipal de Saúde, José Antônio Alves, ao longo das próximas semanas, os 136 postos de Salvador terão campanha mais forte para que a imunização surta efeito na cidade.
“Estamos fazendo vacinação maciça no distrito sanitário de Brotas e todos os bairros que compõem a área de Brotas. Os 19 pontos de vacinação da cidade não passarão mais a cobrar a comprovação de viagem para as pessoas que precisam se vacinar”, disse Alves.
“Ao longo das próximas semanas, vamos estender o processo de vacinação em toda a cidade. Importante destacar que detectamos a presença do vírus nesses animais e não existe nenhuma notificação ou suspeita de caso humano em Salvador”, destacou o secretário municipal de Saúde.
Transmissão
A morte dos macacos não é sinônimo de pânico, já que o macaco não é transmissor da febre amarela. A morte dos animais serve, apenas, para que fique um alerta sobre a incidência da doença na região, o que pode acarretar em ações dos governos para evitar epidemias.
A transmissão pode acontecer de duas formas: a urbana e a silvestre. Sendo esta última a que está se manifestando no Brasil. Até o momento, não foram registradas transmissões urbanas, o que significa que os casos de infecção estão acontecendo apenas em regiões rurais ou de mata. Dessa forma, os transmissores são os mosquitos Haemagogus ou Sabethes, e não os macacos.
*Com informações da Agência Brasil
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