Um novo surto de sarampo volta a assombrar a Europa. Depois de o continente ter registrado, apenas neste ano, mais de 500 casos da doença, a Organização Municipal da Saúde (OMS) já deixou todos os países em alerta. A diretora regional da entidade, Zsuzsanna Jakab, declarou que "a situação preocupa, já que o continente europeu registrou avanços nos últimos dois anos para eliminar o sarampo". As informações são da ONU News.
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A transmissão do vírus já foi interrompida em dois terços dos 53 países do continente, mas continua endêmica em 14 nações. A maioria dos novos casos de sarampo foi confirmada em sete países, incluindo alguns dos mais ricos, como Alemanha, França, Itália, Polônia, Romênia, Suíça e Ucrânia.
Vacinação
A Itália e a Romênia são as nações que mais concentram casos da doença, sendo que a maioria está em áreas com baixa cobertura de imunização. Só na Romênia, foram registrados 3,4 mil casos desde 2016, com 17 mortes.
A OMS destaca que o número de infecções está subindo rapidamente na Europa, sendo que nesses sete países o índice de imunização da segunda dose da vacina contra o sarampo é de menos de 95%.
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A agência da ONU pede aos países europeus para tomarem medidas que levam ao fim da transmissão da doença e para manterem os índices de vacinação os mais altos possíveis. Segundo a OMS, por se tratar de um vírus altamente contagioso, o sarampo pode se espalhar para qualquer país, inclusive para aqueles que já eliminaram a doença.
Brasil
Aqui, a doença foi eliminada. No ano passado, o anúncio foi feito durante visita ao Brasil da presidente do Comitê Internacional de Especialistas de Avaliação e Documentação da Sustentabilidade do Sarampo nas Américas (CIE), Merceline Dahl-Regis.
O último caso relatado no país foi no Ceará, em julho de 2015. A OMS também reconhece o país por ter erradicado o sarampo, e entregou um certificado reconhecendo a eliminação da transmissão da doença em todo o continente americano, que foi a primeira região do mundo onde isso aconteceu. O mesmo ocorreu, em 2015, com a rubéola e a síndrome da rubéola congênita.
*Com informações da Agência Brasil
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