Você saberia dizer a tudo que é alérgico? A pergunta é difícil de ser respondida com certeza, já que muitas dessas irritações são descobertas apenas quando a pessoa entra em contato com certos elementos, como bebidas, alimentos, objetos ou outras substâncias. E foi exatamente isso que aconteceu com Summer Bostock, quando estava esperando seu primeiro filho. No entanto, o problema era um pouco diferente: ela era alérgica à gravidez.
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A “ alergia ” fez com que a mamãe de primeira viagem desenvolvesse manchas vermelhas e muito doloridas por todo o corpo quando ela já estava na 30ª semana de gestação. As imagens são chocantes e mostram a extensão da reação que ela sofreu um mês e meio antes de Izaiah nascer.
Os especialistas acreditam que a australiana tenha desenvolvido um caso raro de uma doença comum no período do pré-natal, conhecida como erupção polimórfica da gravidez, ou Pápulas e placas pruriginosas e urticariformes da gestação (PPPUG), que, embora inofensiva para a mãe e o bebê, causou a Summer dores terríveis.
Tudo começou quando, em sua barriga, começaram a surgir manchas vermelhas e que incomodavam muito por conta da dor. Até que a irritação se espalhou para suas costas e pernas, logo cobrindo todo o seu corpo.
Inicialmente, Summer achou que as manchas eram estrias, muito comum no período gestacional, e não deu muita importância para o que estava acontecendo.
“Então, de repente, havia mais linhas. Elas começaram a saltar e uma erupção apareceu. Depois, passaram a coçar”, lembra ela. Assim que percebeu que poderia se tratar de algo grave, ela correu para seu ginecologista, que forneceu um creme para aliviar a dor e um esteroide suave.
Os medicamentos não funcionaram. Então, ela passou a tentar de tudo: banho de mingau de aveia, pomadas anti-inflamatórias, pomada, remédios e nada fazia melhorar.
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Diagnóstico
Quem ajudou a descobrir do que se tratava, foi a mãe de Summer, que procurou os sintomas da filha na internet. Os médicos então confirmaram o diagnóstico, mas disseram que não poderiam fazer muita coisa até o beber nascer.
"Até identificarem o que era eu já não podia nem sequer tomar banho, porque o toque da água contra minha pele era demais", recordou ela. "A coceira era tão intensa, que eu não conseguia dormir, só me agarrava às mãos do meu marido e pedia forças."
Às 37 semanas de gravidez, a dor era tão intensa que Summer foi internada no Hospital Redlands em Cleveland. Quatro dias depois ela deu à luz ao seu bebê. “Assim que ele nasceu, a alergia começou a sumir”, contou ela. No dia seguinte, a australiana já não tinha praticamente nenhum vestígio das manchas.
O caso ocorreu em 2012, e hoje, Summer é mãe de outros dois filhos, e as gravidezes seguiram normalmente, sem nenhum problema para ela ou os bebês.
Erupção polimórfica
Essa condição é comum em grávidas, geralmente no terceiro trimestre ou no período pós-parto. As manifestações são diversas: bolinhas por todo o corpo, bolhas, lesões em formato de alvo e todas coçando bastante.
No entanto, todas as manchas somem ao final da gestação. Ainda não se sabe exatamente a causa da doença, que normalmente acontece em grávidas que ganharam muito peso nesse período. Na maioria das vezes, a alergia não se repete nas próximas gestações.
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