O que antes só poderia ser feito se a pessoa se dirigisse até uma loja, hoje pode acontecer com apenas um clique. O avanço tecnológico permitiu a comercialização de muitos produtos pela internet, o que pode ser bom por muitos aspectos, mas também coloca em risco regulamentações que deveriam ser respeitadas.
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No caso da venda de remédios , prática que vem sendo cada vez mais comum com a livre divulgação de propagandas de produtos farmacêuticos na rede virtual, é preciso tomar muito cuidado na compra desses itens, conforme orientou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Como órgão responsável pela fiscalização dos bens de saúde, a agência afirma que, por vezes, são oferecidos medicamentos no meio digital que só poderiam ser vendidos com prescrição médica em farmácias.
Além disso, quem navega pela internet não demora muito para encontrar alguma propaganda de produtos “milagrosos”, que prometem curar aquela condição que você tanto quer melhorar. Nesses casos, os problemas são em relação à procedência da droga, o consumo liberado – sem recomendação médica e também a falta de informações sobre quais as contraindicações e efeitos colaterais.
A gerente administrativa Carla Puccini, 32 anos, conta que já passou por uma experiência nada agradável ao fazer uma dessas compras. Ela estava em busca de um remédio que, entre outras funcionalidades, ajudava a emagrecer, segundo ela. “Não tinha a receita do médico, então decidi comprar na internet, porque uma amiga minha já tinha feito isso e dado certo. Mas o resultado foi péssimo. Além de não emagrecer, tive problemas sérios de estômago e acabei indo parar no hospital”, admite.
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Atenção
A Anvisa alerta os consumidores para que tenham cuidado ao adquirir qualquer medicamento sem prescrição. As drogas devem ser registradas pelo órgão para poderem ser comercializadas e anunciadas no mercado.
Para conferir se um remédio faz parte dos permitidos pela Anvisa, basta entrar no site da agência , e digitar as informações contidas na embalagem do produto. Caso perceba alguma irregularidade em relação ao medicamento ou propaganda é possivel denunciar pela ouvidoria do órgão .
Só no início deste ano, já foram removidos 1.503 anúncios irregulares. As principais ações são referentes a propagandas de produtos clandestinos ou que prometem resultados sem a aprovação da agência.
Entre eles também foram retiradas as propagandas que vendiam remédios controlados, como ritalina e sibutramina, que só devem ser comercializados em farmácias, com receita especial e prescrição médica.
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