O Hospital de Câncer de Barretos, localizado no interior de São Paulo retomou suas atividades normais nesta segunda-feira (3), seis dias após sofrer um ataque virtual em seu sistema de computadores . Na ocasião, o ataque foi responsável por interromper a realização de exames de diagnóstico por imagem e aplicação do tratamento no setor de radioterapia, conforme informou a administração do hospital.
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“O atendimento nas unidades do Hospital de Câncer de Barretos já está normalizado. Toda a instituição tem trabalhado para resolver os problemas causados pela invasão do sistema. O hospital reitera o seu compromisso em prestar o melhor e mais humanizado tratamento, bem como garantir a segurança de seus pacientes”, destacou o hospital, em nota.
Agora, os pacientes que haviam sido prejudicados e não conseguiram realizar seus exames durante o período que parte das unidades do hospital ficou inoperante terão seus procedimentos reagendados, conforme afirmou a instituição.
Hackers
A instituição se tornou alvo de um ataque virtual na última terça-feira (27). Além da sede, na cidade de Barretos, também foram atingidas as unidades de Jales, em São Paulo e Porto Velho, em Rondônia, bem como os institutos de prevenção ao redor do Brasil.
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O vírus que atingiu as unidades hospitalares foi semelhante ao propagado no megaciberataque que atingiu ao menos 150 países em maio deste ano, conforme informou o coordenador do Departamento de Tecnologia da Informação (TI) da instituição, Douglas Vieira dos Reis.
“É um programa que se aproveita da vulnerabilidade do sistema. Ele entra e criptografa alguns dados e lança uma tela pedindo resgate das informações”, disse. Só no primeiro dia de interrupção no sistema, 350 pacientes do setor de radioterapia de Barretos e Jales ficaram sem atendimento.
O vírus ransonware, que infectou as máquinas do Hospital de Câncer pede um resgate de US$ 300 em bitcoins (moeda virtual) para recuperar os dados. Se essa fosse a única opção para ter as informações de volta, somente a unidade de Barretos, que possui cerca de 1 mil computadores, teria que desembolsar o equivalente a quase R$ 1 milhão.
*Com informações da Agência Brasil
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