O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (17) um conjunto de ações que irão implicar na redução da mortalidade neonatal em bebês de até 28 dias. O programa Estratégia Qualineo, foi apresentado em Salvador.
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Inicialmente, as medidas serão implantadas em dez estados prioritários, nos quais a taxa de mortalidade neonatal são as mais altas, onde morrem mais de 11 bebês para cada 1 mil nascidos vivos. São eles Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Roraima e Sergipe.
A média brasileira é de 9,9 mortes para cada mil nascidos vivos. A Bahia tem o segundo maior índice de mortalidade de recém-nascidos, com 13,7 óbitos para cada mil, de acordo com dados de 2014. O estado só fica atrás do Amapá, onde a taxa é de 16,2 para cada mil nascimentos.
O subsecretário de Saúde da Bahia, Adil José Duarte Filho, comemorou a iniciativa de implementar melhores práticas para diminuir a mortalidade neonatal. "Com a melhora dessas práticas, a gente consegue melhorar os resultados”, disse.
Causas
“No Brasil, hoje, a gente tem a prematuridade como carro-chefe da morte neonatal. A prematuridade está relacionada à assistência materna. Então, se tem muito prematuro, eu tenho que ver como essa mulher está sendo assistida. Se o bebê morre até seis dias de nascido eu também posso responsabilizar a atenção básica, na gestação”, explica a conselheira técnica do ministério Liliane Augusto, que vai coordenar e acompanhar o preparo das equipes.
Além desse fator, também estão entre as causas de risco as infecções adquiridas após o nascimento ou durante a gestação, como a sífilis e a microcefalia possivelmente decorrente do vírus Zika, e malformações que demandam assistência ao recém-nascido.
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Planos
As ações integram outros programas já existentes do Ministério da Saúde e dá continuidade à Rede Cegonha, que faz todo o atendimento das mães desde o planejamento reprodutivo até a gestação, pré e pós-parto.
A partir desta segunda-feira e nos próximos dois dias, 40 profissionais que trabalham em maternidades de Salvador foram selecionados para participar de oficinas de qualificação. A partir disso, os serviços oferecidos pelas maternidades serão monitorados e avaliados por 24 meses.
Os que apresentarem melhora no atendimento e, consequentemente, diminuírem as taxas de mortalidade neonatal irão receber o Selo Qualineo de certificação, que será concedido pelo Ministério da Saúde. Com isso, as unidades que tiverem esse reconhecimento, poderão qualificar outros estabelecimentos e profissionais.
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