Dermatite atópica atinge cerca de 20% das crianças e 3% delas continua com a doença na fase adulta
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Dermatite atópica atinge cerca de 20% das crianças e 3% delas continua com a doença na fase adulta

Estima-se que aproximadamente 20% das crianças sofram com a condição. Menos conhecida do que suas "irmãs", a rinite e a asma – sim, as três fazem parte da mesma família genética – a dermatite atópica (DA) pode ser bastante debilitante em sua forma moderada ou grave e, por isso, precisa ser encarada como mais do que um simples problema de pele.

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A coceira intensa, que pode durar até 12 horas por dia, incomoda e provoca lesões pelo corpo todo, incluindo o couro cabeludo até o dedão do pé – com exceção do nariz. Quem vive com dermatite atópica , uma doença inflamatória crônica, precisa, além de manter os cuidados de hidratação em dia, também ter equilíbrio emocional para lidar com os sintomas da condição.

A insônia é uma das principais características que afetam diretamente a qualidade de vida do paciente com DA. A estimativa é de que 55% das pessoas acometidas com a inflamação têm dificuldade para dormir em cinco ou mais noites durante a semana.

Também fica comprometida a interação social do paciente, já que os efeitos provocados pela enfermidade, como descamação, rachaduras, pele seca, inchaço e vermelhidão acabam atingindo o convívio e as relações interpessoais.

Uma pesquisa revela que 77% dos pacientes disseram ter o rendimento no trabalho e nos estudos afetado negativamente, e 57% sentem os impactos também nas relações afetivas. A influência é tão profunda que pode desencadear outros transtornos, como depressão e ansiedade, alegados por 51% das pessoas com DA.

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Apesar de não ser contagiosa, a falta de informação sobre a doença faz com que a sociedade julgue quem tem a condição, como se as lesões na pele fossem descuido ou má higiene. “Apesar de não verbalizarem isso, o paciente geralmente sente uma culpa, como se ele não estivesse fazendo o suficiente para cuidar da doença”, conta a chefe do ambulatório de dermatite atópica do Hospital das Clínicas da USP-SP, Ariana Campos Yang.

Porém, Adriana garante que a doença pode ser controlada na maior parte do tempo e, em momentos de crise, é possível entrar com medicamentos para diminuir os sintomas. “É uma inflamação hereditária, não tem cura, mas, na maioria dos casos, com alguns cuidados, é possível ampliar o bem-estar da pessoa com DA”.

Cuidados

  • Manter a pele sempre hidratada;
  • Evitar banhos longos e muito quentes;
  • Usar sabonetes e hidrantes neutros;
  • Identificar fatores desencadeantes e evitá-los;
  • Consultar o médico com regularidade para verificar o tratamento mais adequado.

Campanha

Para conscientizar a população sobre a doença a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e o laboratório farmacêutico Sanofi instituíram o Dia da Dermatite Atópica, celebrado pela primeira vez neste sábado (23). As entidades elaboraram ações que podem ser acompanhadas no site da campanha .

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