Técnica usada para estimular homem em estado vegetativo já é aplicada em pacientes com depressão e epilepsia
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Técnica usada para estimular homem em estado vegetativo já é aplicada em pacientes com depressão e epilepsia

Uma boa notícia para a ciência, e esperança para dezenas de famílias: depois de 15 anos, um homem conseguiu sair do estado vegetativo. A façanha foi publicada na revista “Current Biology”, na última segunda-feira (25).

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Depois de ser submetido a um tratamento de estimulação do nervo vago, técnica já usada para tratar pacientes com depressão severa e epilepsia, o homem, de 35 anos, recebeu um implante para realizar a técnica em seu peito e tentar sair do estado vegetativo .

O nervo vago, conhecido também por nervo pneumogástrico, possui ação motora e sensitiva, que age para a manutenção de funções vitais como regulação da frequência cardíaca e arterial. Ele se estende do cérebro ao abdômen, ligando o órgão a outras partes do organismo, como o intestino.

Porém, a volta à consciência foi considerada mínima. O paciente passou de um estado de não reação para um estado que pode ser capaz de responder a pequenos estímulos.

Mesmo assim, o feito é importante para que a ciência invista mais em recuperações de estado vegetativo de longos períodos. Em casos normais, a medicina estima que é possível voltar à consciência até 12 meses de vigília parcial.

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Estudo

Na análise, pesquisadores escreveram que a atenção, os movimentos e a atividade do cérebro do homem apresentaram melhoras de maneira perceptiva. Além disso, foi possível contatar que ele respondeu a questões simples: com os olhos, ele conseguiu seguir objetos, conforme o foi solicitado.

Foi possível notar que o paciente também era capaz de reagir a ameaças, quando foi exposto à elas. Um exemplo: quando alguém se aproximava muito do rosto do homem, ele respondia arregalando os olhos, como se expressasse surpresa ou espanto.

Os médicos também constataram um aumento da atividade cerebral, conforme o resultado de alguns exames, quando relacionados ao movimento, sensação e consciência. Outras análises puderam mostrara que o cérebro parecia estar mais conectado.

Com a descoberta, cientistas querem aplicar a técnica em mais pacientes em estado vegetativo, para analisar as diferentes reações aos estímulos.

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